A "gangue das loiras", suspeita de cometer furtos e roubos, costumava utilizar um jargão do cinema hollywoodiano para se comunicar durante os crimes. O chefe do grupo chamava suas colegas de “Bonnie”, enquanto as mulheres chamavam-no “Clyde”, em referência à dupla criminosa do filme “Bonnie e Clyde”. O filme, de 1967, do cineasta Arthur Penn, é baseado na história real do casal de ladrões de bancos Bonnie Parker e Clyde Barrow durante a depressão econômica nos Estados Unidos (1929-1930).
No dia 9 de março, uma das integrantes da quadrilha foi presa no Paraná - a prisão dela só foi informada nesta segunda-feira (19). A polícia procura agora outras cinco mulheres e um homem que faziam parte do grupo. Segundo as investigações, a quadrilha era especializada em sequestros-relâmpagos em São Paulo e invasão a condomínios. Novas imagens mostrando a atuação da quadrilha foram divulgadas nesta terça-feira (20) ) (veja o vídeo acima)
“Eles incorporaram os personagens (...), eles usavam sempre o mesmo jargão”, afirmou, na manhã desta terça, o delegado Alberto Pereira Matheus Junior, durante entrevista coletiva realizada na sede do Departamento de homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Centro de São Paulo.
Modo de agirA quadrilha tinha integrantes de alto nível socioeconômico e costumava a agir em dupla. O líder era sempre acompanhado de uma das mulheres no momento de abordar as vítimas nos estacionamentos de shoppings e grandes magazines. A vítima ficava sempre no carro com o líder do grupo, enquanto as mulheres faziam compras e saques com os cartões de crédito. O grupo utilizava roupas de grife.
Sedução
Segundo a polícia, as moças da quadrilha eram recrutadas pela beleza – e nem todas eram loiras. “Elas sempre usavam roupas chamativas. Elas eram escolhidas para causar sedução e distrair os funcionários na hora de verificar os documentos”, afirmou Matheus Junior. A quadrilha, extremamente bem organizada, segundo a polícia, também se preocupava em escolher as vítimas com perfil semelhante ao das integrantes do grupo a fim de facilitar a utilização dos cartões de créditos e documentos de identificação roubados. Mulheres, preferencialmente com carro importado, eram os alvos preferenciais.
Segundo a polícia, as moças da quadrilha eram recrutadas pela beleza – e nem todas eram loiras. “Elas sempre usavam roupas chamativas. Elas eram escolhidas para causar sedução e distrair os funcionários na hora de verificar os documentos”, afirmou Matheus Junior. A quadrilha, extremamente bem organizada, segundo a polícia, também se preocupava em escolher as vítimas com perfil semelhante ao das integrantes do grupo a fim de facilitar a utilização dos cartões de créditos e documentos de identificação roubados. Mulheres, preferencialmente com carro importado, eram os alvos preferenciais.
Novas imagensNesta terça, a polícia divulgou imagens que mostram várias atuações da integrante presa no Paraná. Em um dos vídeos, após a quadrilha abordar uma vítima, ela compra R$ 17,5 mil em aparelhos eletrônicos em um shopping de alto padrão de São Paulo. As imagens mostram também o momento em que ela saca cerca de R$ 3 mil de uma agência bancária. A polícia afirma que o grupo agia também no Rio de Janeiro e não descarta que o grupo agisse também em outros estados.
Uma das integrantes, uma operadora de telemarketing, de 25 anos, foi presa no dia 9 de março em Curitiba, após cerca de três meses de investigação da Polícia Civil de São Paulo. “Ela morava em Curitiba com o marido e a filha e vinha atuar em São Paulo. O marido não tinha conhecimento [da atuação dela no crime]”, afirmou o delegado. Ainda de acordo com a polícia, ela o conheceu durante uma viagem à Nova Zelândia.
A mulher, que teve a prisão preventiva decretada, foi levada para um Centro de Detenção Provisória.
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