De acordo com a delegada, o rapaz assumiu que agrediu a criança com um estilete e foi encaminhado para o Ministério Público. O garoto permanece hospitalizado e ainda não foi ouvido pela polícia.
"A gente desconfia que a agressão tenha ocorrido por uma reação à tentativa de estupro, mas só saberemos a razão quando a vítima for ouvida. A mãe da criança chegou a informar que o filho está sem conseguir movimentar as pernas", revela a delegada.
Uma perícia do Instituto Médico Legal (IML) vai avaliar se de fato o menino sofreu agressão sexual, informou a polícia.
O caso
O garoto de 9 anos foi esfaquedo no pescoço pelo vizinho, na quarta-feira (28), no bairro da Liberdade, em Salvador.
O garoto de 9 anos foi esfaquedo no pescoço pelo vizinho, na quarta-feira (28), no bairro da Liberdade, em Salvador.
"Ele [a vítima] me disse que o meu vizinho pulou a janela lá de casa e já caiu em cima do vaso sanitário, e quebrou. O menino [suspeito da agressão] disse que não era para ele contar nada porque senão ele ia machucá-lo. Começou uma agressão que terminou na facada em uma região acima do pescoço", disse.
A mãe do garoto agredido, a balconista Jaqueline Cruz, contou ao G1 que o filho e o vizinho eram muito amigos. "Não esperava isso dele [do agressor]. Tinha ele como um sobrinho, gosto muito da mãe dele. Ele mesmo foi me chamar na padaria onde trabalho para me avisar que meu filho estava ferido em casa", afirmou. Segundo Jaqueline, o suspeito disse inicialmente que o filho teria sido atingido por partes do vaso sanitário da casa, que havia quebrado, mas a caminho do hospital o filho contou a sua versão.
Segundo a balconista, o menino foi levado às pressas para o Hospital Ernesto Simões, em Salvador, e transferido para o HGE na quinta-feira. "Ele está sem sentir as pernas desde o momento da agressão ontem. Só quero justiça, tenho consciência que o meu filho é um bom menino, ele nunca me deu trabalho em nada. É muito doloroso passar por uma situação dessa", desabafou.
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