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29 fevereiro, 2012

Hospital Aristides Maltez pode fechar as portas por dívida

Hospital Aristides Maltez pode fechar as portas por causa de dívida
O Hospital Aristides Maltez pode fechar as portas em breve, em razão da situação financeira cada vez pior. Uma dívida da Secretaria Municipal de Saúde com o estabelecimento, calculada em pouco mais de R$ 13 milhões, impossibilita a continuação do atendimento, segundo o presidente da Liga Bahiana Contra o Câncer, o médico Aristides Maltez. “O nosso relacionamento com a Secretaria Municipal de Saúde é o mais destoante possível, chega a beira do escândalo. Nós estamos com um débito acumulado superior a R$ 13 milhões e não temos de onde tirar para continuar atendendo a população carente da Bahia”, declarou. Caso o problema não seja solucionado, a unidade pode deixar de funcionar dentro de 25 dias, pois faltaria dinheiro para a compra de medicamentos, material cirúrgico e o pagamento de funcionários. O hospital completou 60 anos no último dia 2 de fevereiro, atende 100% pacientes SUS e é referência no tratamento contra o câncer. Informações da Tribuna.

Pepino de 25 kg no quintal da casa no Pará

Pedreiro Osmarim Almeida carrega pepino gigante de 25 quilos (Foto: Reprodução/TV Liberal)
O pedreiro Osmarim Silva de Almeida, 49 anos, encontrou um pepino de 25 kg no quintal de sua casa em Breu Branco (PA). A hortaliça foi plantada em novembro passado e atingiu 92 cm de comprimento e 65 cm de largura, segundo ele.



"Resolvi não colher ainda. Quero fazer isso neste sábado [2]. O pepino começou a ficar grande logo no primeiro mês. Foi quando eu vi que o pepino estava crescendo além do normal. Resolvi deixar lá para ver até onde o pepino crescia. Agora não dá mais, vou tirar do pé", disse Almeida.
Ele jura que não usou qualquer tipo de adubo especial para ajudar o pepino a crescer além do normal. "Olha, foi um vizinho meu que trouxe essa semente no ano passado. Ele disse que era um pepino maior do que os de costume, mas nem ele fazia ideia que poderia crescer tanto", afirmou o pedreiro.
A residência de Almeida, que é casado com Carmelita de Carvalho, 46 anos, virou ponto turístico na cidade. "É o assunto de todos os lugares. Todo mundo está falando no meu pepino, de como ele ficou grande", brincou o pedreiro.
Almeida afirmou que vai "cortar" o pepino no sábado e distribuir a semente para quem quiser plantar também. "Veio uma engenheira agrônoma aqui e falou que o pepino já está maduro e que eu já podia cortá-lo. Vai virar salada. Faço aniversário no dia 8 [de março] e infelizmente não vai dar tempo de esperar para usar no vinagrete para o churrasco."
O pedreiro e sua mulher também plantam cebola, cebolinha, coentro e outros temperos na horta que têm no quintal de casa. "Só o pepino cresceu além da conta", disse Almeida.
Pedreiro Osmarim Almeida plantou pepino em seu quintal e hortaliça chegou a 25 quilos no Pará (Foto: Reprodução/TV Liberal)Pedreiro Osmarim Almeida plantou pepino em seu quintal e hortaliça chegou a 25 quilos no Pará (Foto: Reprodução/TV Liberal)

Militares mortos na Antártica recebem medalhas e promoção no Rio

Militares são homenageados no Rio (Foto: Janaína Carvalho/G1)

Os dois militares mortos em um incêndio na Estação Comandante Ferraz, na Antártica, foram homenageados na manhã terça-feira (28) no Rio de Janeiro. O suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos foram promovidos ao posto de segundo-tenente, admitidos na Ordem do Mérito da Defesa, no grau Cavaleiro, honraria concedida pela presidente Dilma Rousseff, e agraciados com a Medalha Naval de Serviços Distintos, da Marinha.
Os dois morreram na madrugada de sábado (25) enquanto combatiam um incêndio que começou na área dos geradores de energia da estação. Uma pessoa ficou ferida. A base que abrigava 45 pesquisadores de diversas áreas ficou destruída e o governo anunciou que ela deve ser reconstruída em dois anos.
Muito emocionados, os familiares receberam os cumprimento dos oficiais da Marinha. No caminho para entrar no ônibus, a mãe do segundo-sargento Santos falou, rapidamente, com os jornalistas. "Ele sempre foi o meu herói. Ele era tudo para mim desde pequeno." Já a viúva de Figueiredo, Nilza Costa Figueiredo, disse apenas que foi casada com ele por 26 anos.
Ao final da cerimônia, os corpos dos dois militares foram levados para o Instituto Médico Legal (IML). Segundo a assessoria de imprensa da Marinha, o corpo do segundo-tenente Santos pode ser velado ainda nesta terça no Cemitério do Caju, na Zona Portuária da cidade. Já o corpo do segundo-tenente Figueiredo será encaminhado para Vitória da Conquista, na Bahia, sua cidade natal.
Heroísmo
Durante a cerimônia, o vice-presidente da República, Michel Temer, lamentou as mortes. “Esses homens que se foram agora não têm medo, se temessem, não teriam tido o gesto de heroísmo que tiveram na Antártida. Que o exemplo deles sirva para seus filhos, para a Marinha e para todos os brasileiros. Em nome do povo brasileiro, que está acompanhando tudo isso, quero prestar solidariedade à família e à Marinha do Brasil”, disse o vice-presidente.
De acordo com o ministro da Defesa, Celso Amorim, os militares são exemplo de heroísmo e profissionalismo e serão lembrados sempre pela Marinha e pelas Forças Armadas do Brasil. “Reconstruiremos a estação da Antártica também em homenagem a esses homens que tombaram no cumprimento do dever”, ressaltou o ministro.

Também participaram da cerimônia os comandantes das três Forças Armadas: almirante-de-esquadra Julio Soares Moura Neto, da Marinha; tenente-brigadeiro-do ar Juniti Saito, da Aeronáutica, e general Enzo Martins Peri, do Exército.
"Por mais que tentemos externar nossos sentimentos, nunca será o suficiente. Nossos dois heróis realizaram esse último sacrifício e ofereceram suas vidas no cumprimento do dever", afirmou o almirante Julio Neto.

Peritos investigam incêndio
Os peritos que vão investigar as causas do incêndio que destruiu a base de pesquisas científicas da Marinha brasileira já estão na Antártica. O avião da FAB (Força Aérea Brasileira) que foi para a base chilena Eduardo Frei resgatar o corpos dos dois militares que morreram na estação levou o embaixador brasileiro no Chile, integrantes da diplomacia e militares. Eles dividem espaço com suprimentos, caixas, roupas, equipamentos de comunicação e comida para os 12 militares que estavam na estação na hora do incêndio e que foram levados para a base chilena.
O capitão Fernando Coimbra, chefe da estação brasileira na Antártica, diz que não houve explosão antes do incêndio. Ele contou que o suboficial Carlos Figueiredo e o primeiro sargento Roberto dos Santos, que morreram no incêndio, tentavam fechar a válvula do reservatório de etanol para evitar que o fogo se espalhasse pela mangueira e chegasse ao tanque, que ficava atrás do gerador.
Segundo o capitão, a equipe tentou usar água do mar para controlar o incêndio, mas a água congelou na mangueira. Os corpos dos dois foram encontrados a dez metros do compartimento dos geradores a óleo, onde o fogo teria começado. “Mais do que perda material, mais do que da nossa casa durante um ano é a perda dos nossos amigos”, afirmou o chefe da estação antártica brasileira, Fernando Coimbra.
Quarenta e cinco militares e pesquisadores, que estavam na base brasileira na Antártica, chegaram ao Brasil na madrugada de segunda-feira (27). A maior parte do grupo desembarcou na Base Aérea do Galeão. Cansados e abalados com o acidente, traziam apenas as roupas do corpo. Contaram que o fogo se espalhou rapidamente e não puderam salvar objetos pessoais.
Entre os que chegaram estava o primeiro sargento Luciano Gomes Medeiros, que sofreu queimaduras nas mãos. Ao sair do avião, ele foi colocado numa cadeira de rodas e levado para o hospital da Marinha, onde permanece em observação.
Info prédio principal Estação Antártica Comandante Ferraz (Foto: arte/G1)

Câmara aprova texto-base do fundo de previdência para servidor


A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (28), por 318 votos a favor, 134 contra e duas abstenções, o texto-base do projeto que cria o Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público da União (Funpresp).
O projeto cria um novo sistema de aposentadoria para o funcionalismo público. Os destaques (propostas de alteração do texto principal) serão votados nesta quarta (29). A proposta ainda terá que ser apreciada pelo Senado antes de ir à sanção presidencial.

O Funpresp prevê para o funcionalismo público aposentadoria até o teto do INSS, que atualmente é de R$ 3,6 mil. Para receber mais, o servidor deverá contribuir para o fundo, que lhe pagará uma aposentadoria extra a partir de 35 anos de contribuição. A finalidade do projeto é reduzir o deficit da Previdência.

"É preciso resolver o problema [do déficit na Previdência] sem iludir o servidor público. Eu não quero iludir os servidores públicos. O sistema proposto pela presidente Dilma Rousseff dá segurança aos servidores públicos após a aposentadoria", disse o relator da matéria, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP).

No sistema atual, o servidor contribui com 11% sobre o salário total e a União com 22%, e recebe de aposentadoria o mesmo salário da ativa. Pela proposta, o servidor continuaria contribuindo com 11% e a União com 22%, mas essa contribuição seria sobre o teto do INSS.
Para receber mais do que o teto após a aposentadoria, o servidor teria que aderir a um Fundo de Previdência Complementar. No Funpresp, ele teria que contribuir com até 7,5% sobre o que exceder o teto. A União contribuirá com 8,5% do que ultrapassar o teto. A proposta inicial do governo era dar um aporte de 7,5%, mas após negociação no Congresso, o Executivo aceitou dar uma contribuição maior.

Estrutura
A Funpresp será estruturado na forma de fundação com personalidade de direito privado e terá em sua estrutura um conselho deliberativo, um conselho fiscal e uma diretoria-executiva.

Os membros serão nomeados pelo Presidente da República. Serão criados três fundos, um para o Judiciário, outro para o Legislativo e um terceiro para o Executivo. O fundo do Judiciário vai incorporar funcionários do Ministério Público da União e do Tribunal de Contas da União.

A União fará um aporte financeiro no valor de até R$ 50 milhões a título de adiantamento de contribuições futuras para garantir a estrutura inicial necessária ao fundo.

Mitt Romney vence primárias no Arizona e em Michigan, diz CNN

Mitt Romney vence duas primárias 
nos EUA, diz TV (Mitt Romney vence duas primárias 
nos EUA, diz TV (Mitt Romney 
vence duas prévias 
nos EUA, diz TV (Mitt Romney vence 
duas primárias 
nos EUA, diz TV (Carlos Osorio / AP Photo))))
O republicano e ex-governador de Massachusetts, Mitt Romney, venceu na noite desta terça-feira (28) as primárias nos estados de Arizona eMichigan, informou a rede de televisão "CNN" baseada em pesquisas de boca de urna.
Em Michigan, a disputa com o ultraconservador Rick Santorum foi acirrada. Após a apuração de 86% dos votos, Mitt Romney obtinha 41%, contra 38% de Santorum, 12% de Ron Paul e 7% para Newt Gingrich, de acordo com a CNN.
Vencer em Michigan foi fundamental para Romney, já que o candidato nasceu no estado, que seu pai governou.
No Arizona, Romney teve uma vitória mais tranquila, com 43% dos votos, contra 28% para Santorum.
Nesta semana, os dois republicanos escolheram Detroit (Michigan), berço da indústria automobilística, para debater a economia.
Santorum insistiu que ter um candidato conservador com fortes valores é a única maneira de vencer Obama em novembro, em um ataque a Romney, que busca convencer os eleitores republicanos sobre suas credenciais conservadoras.
Eleições EUA 2012 - calendário primárias Republicanos 08.02 VALE ESTA (Foto: Arte G1)
Entenda como funcionam as prévias nos eua (Foto: Editoria de Arte/G1)



Suspeito de participar de assalto contra músico é preso, diz polícia

Suspeito de participar de assalto contra músico é preso, diz polícia (Assessoria de imprensa da banda)

Um dos suspeitos de participar da 'saidinha bancária' contra o baterista Paulo César Perrone foi preso na tarde desta terça-feira (28), no bairro de Cajazeiras VII por uma equipe da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), diz polícia. O músico, baterista da banda Estakazero,  levou um tiro na cabeça durante uma tentativa de assalto na Alameda das Espatódias, no Caminho das Árvores, na capital baiana em 19 de julho de 2011.
De acordo com informações da polícia, o suspeito preso na tarde desta terça-feira era ‘olheiro’ de uma quadrilha especializada em assaltos conhecidos como ‘saidinha bancária’, além de ter praticado diversos roubos em  lojas de eletrodomésticos. A polícia atribui ao grupo, cerca de 100 saidinhas bancárias em Salvador e Região Metropolitana. Ele integra o baralho dos procurados da Secretaria da Segurança Pública (SSP), e assumia a carta 'dama de ouros'.

Internação
O músico Paulo César Perrone permance internado no Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgar Santos. Ele aguarda providências administrativas da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), para ser transferidos para sua residência, onde ele dará continuidade no tratamento a nível domiciliar.
Após um período de sete dias na Unidade de Terapia Intensiva, Paulo Perrone apresentou uma melhora, permanecendo com o quadro clínico estável (neurológico, respiratório e infeccioso), informou equipe médica.
O caso
O baterista foi baleado na cabeça após uma tentativa de assalto, na Alameda das Espatódias, no Caminho das Árvores, na tarde do dia 19 de julho, na capital baiana.
De acordo com informações da polícia, Paulo César Perrone Souza Júnior, de 32 anos, teria reagido a um assalto quando foi atingindo por tiros por dois homens que estavam em uma moto. Testemunhas disseram que a vítima foi baleada no abdômen e na cabeça dentro do carro em que estava, um Fiat Uno.

Policiais civis são presos por prática de extorsão a empresário


Três policiais civis suspeitos de extorquir um empresário do ramo farmacêutico se apresentaram na Corregedoria da Polícia Civil (Correpol), em Salvador, na tarde de segunda-feira (27) e permanecem custodiados na unidade. De acordo com informações da polícia, os três policiais e mais um suspeito, que se fazia passar por agente da Polícia Civil, exigiram R$ 12 mil do empresário para não prendê-lo e nem autuá-lo em flagrante pela comercialização de medicamentos de uso controlado sem a exigência de receita médica.
Os suspeitos tiveram o pedido de prisão temporária decretado pela Justiça e, após a apresentação na Correpol, foram indiciados por formação de quadrilha e crime de concussão (extorsão praticada por funcionário público).
Ainda segundo a polícia, o homem que se fazia passar por policial civil foi preso na sexta-feira (24) e também é suspeito de praticar extorsão e outros tipos de crimes com o apoio dos três policiais. O suspeito está detido na Unidade Especial Disciplinar (UED), no Complexo Penitenciário da Mata Escura.

egundo a polícia, o homem que se fazia passar por policial era o responsável por identificar comerciantes e empresários que estivessem em situação irregular com o fisco federal, estadual e municipal ou infringindo a legislação que regulamenta o comércio de medicamentos. Após coletar as informações, o homem e os três policiais passavam a extorquir as vítimas.
A polícia informou ainda que o empresário foi conduzido pelos suspeitos em uma viatura oficial para a 1ª Delegacia Territorial, no dia 8 de fevereiro, e a vítima ficou no local por três horas sob ameaça. O empresário foi levado até uma agência bancária para realizar o saque da quantia exigida.

Prefeitos querem que governo ajude a pagar salários de professores


Prefeitos de todo o país foram nesta terça-feira (28) a Brasília em busca de apoio do Congresso Nacional para que o governo federal cubra as despesas com o novo piso nacional dos professores. O valor foi reajustado na segunda-feira (27) para R$ 1.451 para professores de nível médio com carga de 40 horas semanais, o que representa 22,22% de aumento em relação a 2011.
De acordo com a Confederação Nacional de Municípios, 700 prefeitos e representantes de 16 governos estaduais foram ao Congresso pressionar pela aprovação de uma lei que mude o reajuste do piso salarial dos professores. Eles querem a aprovação de um projeto que tramita na Câmara dos Deputados. Segundo o projeto, o reajuste seria fixado de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação, bem diferente do reajuste atual, definido pela lei do piso.
“A lei é para valer”, diz o ministro da Educação Aloizio Mercadante. “Ela é uma exigência constitucional, existe desde meados de 2008, e é fundamental para que o Brasil entenda que nós precisamos fortalecer a carreira do professor, valorizar o professor, se nós quisermos ter educação de qualidade no país.”Ministério da Educação afirma que tem aumentado os repasses para estados e municípios. O MEC reconhece que o reajuste pode pesar para algumas prefeituras, mas diz que é preciso recuperar o salário dos professores.
Municípios falam em R$ 7 bilhões
O reajuste de 22,22% no piso salarial de professores, anunciado na segunda-feira (27) pelo Ministério da Educaçãox (veja no vídeo ao lado), deve custar cerca de R$ 7 bilhões aos cofres das prefeituras e governos estaduais, entre gastos com o salário de docentes, com a contratação de novos professores e com o reajuste na pensão dos professores aposentados. Os cálculos são de um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Segundo o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, o novo valor, que desde 1º de janeiro deste ano passa a ser de passa a ser de remuneração mínima de R$ 1.451,00 para o professor de nível médio e jornada de 40 horas semanais é "impagável".
O levantamento feito pela CNM reuniu dados coletados entre agosto e novembro de 2011 em 2.039 municípios brasileiros. De acordo com os números, R$ 1,6 bilhão é o gasto estimado para que todos os estados e municípios possam elevar seus salários ao piso mínimo nacional. Metade desse valor deve ser desembolsado pelas prefeituras e governos estaduais da Região Nordeste, onde a média salarial é a menor do país.
O reajuste na pensão de professores inativos também custará R$ 1,6 bilhão, segundo a confederação. "Isso é o que estamos estimando, mas deve ser ainda mais, e tem mais o atraso do pagamento de janeiro, já que o piso é retroativo. É impagável", afirmou Ziulkoski.
Mas a principal despesa, segundo o documento elaborado pela CNM, é com outro artigo da lei de junho de 2008, que instituiu o piso. O texto afirma que um terço da carga horária dos professores deve ser ocupado por atividades que não sejam a presença em sala para dar aulas aos estudantes. Segundo Ziulkoski, para garantir o número mínimo de quatro horas diárias de interação entre alunos e docentes estipulado pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB), será necessário contratar 195 mil novos professores. O custo para isso, só na rede municipal, de acordo com a confederação, é de R$ 3,8 bilhões.
'Lição de casa'Por outro lado, para a Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação (CNTE), o reajuste é positivo e deve ser cumprido. "Se a educação é uma prioridade, ela tem que ter o financiamento adequado", afirma Roberto Leão, presidente da CNTE. Ele afirma que os estados e municípios tiveram tempo para equilibrar suas finanças para cumprir a lei, que, depois de sua aprovação no Congresso, teve sua constitucionalidade contestada e foi para no Supremo Tribunal Federal (STF). "Nesse período eles não fizeram a lição de casa, não equilibraram as finanças, apostaram que a lei seria inconstitucional, mas isso não aconteceu", diz Roberto Leão.
Para ele, o reajuste anunciado pelo MEC anualmente serve para reforçar a legislação. "Mas a lei é absolutamente auto-aplicável", afirmou.
Mesmo assim, ele afirma que "a grande maioria" dos governos estaduais e municipais descumprem a lei e servem de "mau exemplo". Segundo Leão, as prefeituras e estados não cumprem a lei, e não buscam meios de cumprir a lei. "As pessoas que dizem defender a educação mantêm a política de não cumprir a norma.
"Só cerca de 300 municípios andam com as próprias pernas, os outros vivem dos repasses federais e estaduais. Se isso não dá conta, tem que discutir, aumentar o repasse, os gastos das verbas vinculadas à educação cujos valores sejam efetivamente aplicados em educação, e que não haja desvios na educação", disse o presidente da CNTE.

Reajuste
Segundo o MEC, a correção anunciada na segunda-feira (27) reflete a variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de 2011, em relação ao valor de 2010. O piso aplicado em 2011 foi de R$ 1.187, e em 2010, de R$ 1.024.
A aplicação do piso é obrigatória para estados e municípios de acordo com a lei federal número 11.738, de 16 de junho de 2008. Estados e municípios podem alegar não ter verba para o pagamento deste valor e, com isso, acessar recursos federais para complementar a folha de pagamento. No entanto, desde 2008, nenhum estado ou município recebeu os recursos porque, segundo o MEC, não conseguiu comprovar a falta de verbas para esse fim.

28 fevereiro, 2012

Travesti assume cargo na Secretaria de Justiça da Bahia

Paulete Furacão é a primeira travesti a assumir cargo na Secretaria de Justiça da BahiaA coordenação do núcleo LGBT na Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia (SJCDH) possui uma travesti no quadro de funcionários desde janeiro de 2012. Paulete Furacão é a responsável pela promoção de direitos LGBT. O secretário Almiro Sena disse no lançamento da campanha de mobilização nacional pelo combate à exploração sexual de crianças e adolescentes, no último domingo (26), que Paulete é a primeira travesti que assumiu um cargo na secretaria. Além disso, a inclusão de um indivíduo transgênero, de acordo com Sena, trará um olhar de propriedade à causa da promoção da igualdade social.


Fonte: Bahia Notícias

Dicas sobre como responder às perguntas de entrevistas de emprego

A entrevista é a etapa decisiva para quem está procurando emprego. Por isso, é a mais temida dos candidatos. De acordo com especialistas, não há respostas prontas para as perguntas, pois vai depender do que a empresa busca no profissional, e isso inclui características não apenas técnicas, mas principalmente comportamentais. Há quatro meses procurando emprego, o analista de marketing Leonardo Marchetti já passou por seis entrevistas desde outubro do ano passado. Marchetti acha que muitas perguntas são subjetivas e causam dúvidas na hora de responder.


“Algumas como ‘Qual a posição você acha que mais adequada ao seu perfil, ‘Quais são seus pontos fortes e onde você enxerga chances de desenvolvimento’ e a clássica ‘O que você almeja para os próximos cinco anos’ eu não sei se respondo falando de mim, de coisas mais técnicas do trabalho ou de tudo junto”.

Leonardo Marchetti (Foto: Arquivo pessoal)O analista de marketing Leonardo Marchetti passa boa parte do dia se cadastrando em sites de empregos (Foto: Arquivo pessoal)
O analista de marketing ficou cinco meses na Austrália fazendo intercâmbio, e ele conta que em todas as entrevistas teve de dizer por que estava há tanto tempo sem emprego. De acordo com ele, além das perguntas técnicas sobre a experiência, outras perguntas se repetem em todas as entrevistas como "O que você pretende trazer para a empresa se for contratado" ou "Onde você se vê daqui a cinco anos". “Você não conhece a empresa por dentro ainda, não sabe se o que está falando pode ser um absurdo. As coisas acontecem tão rápido e tão de repente que cinco anos é um tempo longínquo. Acredito que são perguntas desatualizadas que não provam muito a capacidade do candidato para a vaga”, diz.
Para Marchetti, muitas questões tentam desvendar a personalidade de um modo forçado. “Acredito que muita gente vai a entrevistas com respostas já pensadas, para falar aquilo que o recrutador está querendo escutar, e isso tira a chance de muitos que são até mais capazes na função, mas não têm esse jogo de cintura para respostas prontas.”
(Veja no vídeo ao lado dicas em reportagem do Jornal Hoje sobre comportamento na entrevista).

Rudney Pereira Junior, gerente de projetos do Grupo Foco, acha que a entrevista ideal é aquela que pede para o candidato dar exemplos de como se comporta em certas situações. “Eu vou conseguir saber os pontos fortes e fracos através das perguntas sobre comportamento”, afirma.

Pereira Junior diz que não dá para escapar de clichês como criativo, dinâmico, ansioso, flexível nas respostas para perguntas que pedem para o candidato falar dele mesmo. Mas ele alerta que se optar por algumas dessas palavras, é recomendado citar uma situação em que uma dessas características predominou. “Até quando for falar que é ansioso cita o exemplo, isso pode ser visto como qualidade”, diz.

“Ao responder questões como "Onde você se vê em cinco anos ou dez anos", não pode dizer que quer ser dono de uma empresa. Por que a empresa vai contratar alguém que não quer ficar no emprego? Nem que quer ficar no mesmo lugar porque dá a ideia de ser estagnado”.

Sobre o motivo da saída do emprego anterior, Pereira Junior diz que não é preciso mentir, pode até falar de problema de relacionamento com o chefe, mas sem se aprofundar. E sobre o motivo de querer sair da empresa atual? “Pode dizer que não está mais aprendendo na função, que quer assumir mais responsabilidades e ter mais oportunidades de crescer”.

E se o recrutador perguntar o porquê de ter ficado muito tempo sem emprego, Pereira recomenda sinceridade na resposta. “Pode dizer que estudou, que viajou, que cuidou da empresa da família e que passou por algumas seleções que não deram certo”.

O gerente de projetos diz que o entrevistado tem o direito de perguntar se tiver dúvida. “Pode questionar, por exemplo, se o recrutador quer que ele aborde o aspecto pessoal ou profissional na resposta”, diz.

O G1 reuniu algumas perguntas que são comuns em entrevistas de emprego e pediu para o coach Roberto Recinella, para a gerente da área de expertise sales & marketing da Hays, Amanda Oliveira, e para Renato Grinberg, diretor-geral da Trabalhando.com, darem orientações sobre as respostas. Veja abaixo.

QUAIS SÃO OS SEUS PONTOS FORTES?
Roberto Recinella: Fale a verdade e tenha exemplos de situações em que pôde usá-los. Lembre-se de que cada função exige um ponto forte, então se você está se candidatando ao posto de auxiliar de escritório, liderança não é um diferencial, já disciplina, sim. Não aja como “papagaio de pirata” tentando dizer o que o entrevistador quer ouvir.

Danielle Mendonça: Foque sua resposta em características profissionais e evite cair em clichês como liderança e trabalho em equipe. Diga sempre a verdade e cite como projetos realizados e situações para expor as características. Se você citar como ponto forte a capacidade de tomar decisões rápidas, conte alguma situação em que tinha um grave problema e que, com poucas informações e pouco tempo (sempre definindo e detalhando qual eram essas informações e tempo), você tomou determinada decisão. Importante contar como foi esse processo de tomada de decisão e os resultados.

Renato Grinberg: Seja objetivo e fale o que realmente acredita que você tem como qualidade. Alongar-se demais pode demonstrar um excesso de autoestima ou prepotência.

QUAIS SÃO OS SEUS PONTOS FRACOS?
Roberto Recinella: Diga a verdade e exemplifique reforçando quais ações que você está tomando para melhorar os pontos fracos. Por exemplo: não domino inglês, mas estou fazendo um curso X ou não sou formada, mas já estou cursando a faculdade Y, estou me aperfeiçoando na área de vendas fazendo um curso em gestão comercial.

Danielle Mendonça: Os exemplos devem ser sobre ações que têm sido feitas para melhorar os pontos fracos. Se citar como ponto fraco ser impaciente, conte uma situação em que isso ocorreu, os impactos negativos que foram causados, o que fez você tomar consciência dessa fragilidade e o que está fazendo para melhorar.

Renato Grinberg: Nesse caso, seja direto e sucinto – tudo que disser pode contar pontos negativos, mas não adianta esconder uma deficiência que mais cedo ou mais tarde aparecerá.

QUAL É O SEU MAIOR DEFEITO?
Roberto Recinella: Perfeccionista ou muito sincero não são defeitos. Já dificuldade em trabalhar em equipe, inflexibilidade, mau humor são defeitos. Todos têm defeitos, ter ciência de quais são e como lidamos com eles é o que faz a diferença.

Danielle Mendonça: Os exemplos a serem dados devem ser sobre ações que têm sido feitas para melhorar os defeitos.

Renato Grinberg: Clichês como “muito organizado ou perfeccionista” não pegam bem. Diga coisas que você acredita que tenha como defeitos, mas que não o atrapalhariam na contratação como ser ansioso, por exemplo.
FALE UM POUCO DE VOCÊ.
Roberto Recinella: Fale da sua experiência de vida, viagens, empregos e projetos anteriores. Caso tenha se destacado em alguma área fora da profissional, por exemplo, musical ou esportiva, pode citar.

Danielle Mendonça: Conte sua experiência de maneira resumida. Aqui é importante achar um ponto de equilíbrio entre ser prolixo e superficial. Descreva suas funções, responsabilidades, projetos realizados, resultados obtidos, desafios e os porquês das mudanças. Não é necessário voltar até a época de faculdade, a não ser que seja questionado, que seja uma entrevista para o primeiro emprego ou um curso muito diferente de sua profissão.

Renato Grinberg: Seja generalista, não se aprofunde ou fale demais sobre você mesmo. Diga coisas leves e sempre positivas, mas seja sucinto.

ONDE VOCÊ SE VÊ DAQUI CINCO ANOS? E DAQUI DEZ ANOS?
Roberto Recinella: Resista a responder “em seu lugar ou CEO da empresa”. Prefira ser genérico, dizendo que espera ser uma pessoa feliz que enfrentou diversos desafios, fez diversos cursos, aprimorou sua formação e que através de suas competências e comprometimento conseguiu contribuir com os objetivos da empresa.

Danielle Mendonça: Seja realista e sincero, entenda a estrutura da empresa antes de dizer algo. Por exemplo: não é possível querer ser diretor em uma companhia que não possui o cargo. Faça uma autoavaliação e analise se suas pretensões são viáveis. Pode tanto falar de planos pessoais como profissionais, desde que sejam coerentes entre si. Por exemplo, não fale que quer crescer rápido profissionalmente, mas também ter qualidade de vida.

Renato Grinberg: Fale de possibilidades concretas em relação ao seu trabalho. Foque em o que você quer estar fazendo e não no tipo de cargo.

POR QUE VOCÊ QUER DEIXAR SUA EMPRESA ATUAL?
Roberto Recinella: Diga que deseja mudar de ramo porque não está satisfeito naquele em que está atuando ou que está à procura de novas oportunidades de crescimento, por exemplo. Nunca cite salário nem insatisfação com a chefia.

Danielle Mendonça: Tome cuidado para não expor pessoas e situações sem necessidade. Isso demonstra imaturidade. Foque mais na sua carreira, nos seus objetivos e como esse novo desafio pode ajudar a alcançá-los.

Renato Grinberg: Nunca fale mal das pessoas com quem trabalha ou do chefe. Isso pega mal. Se esse for o caso, diga que não está satisfeito com o ambiente do local em que está trabalhando e dê algum exemplo.

POR QUE VOCÊ SAIU DA EMPRESA?
Roberto Recinella: Fale que está em busca de novos desafios e que quer mudar de ramo de atuação.

Danielle Mendonça: Seja sempre coerente e analise sempre os dois lados da história: o seu e o da empresa que você deixou. O mais indicado é sempre focar nos seus objetivos de carreira, as mudanças devem estar alinhadas com eles.

Renato Grinberg: Tudo vai depender do motivo real da mudança e lembre-se, que se mentir, na hora de pedir referências suas, o entrevistador vai descobrir a verdade, mas não fale mal da empresa. Procure o melhor ângulo do que realmente aconteceu.

FALE DO SEU EMPREGO ANTERIOR.
Roberto Recinella: Fale de suas conquistas, dos bons momentos, dos desafios que enfrentaram juntos, dos bons colegas, tentando sempre exemplificar as conquistas com fatos e histórias.

Danielle Mendonça: Explique suas funções, responsabilidades, projetos realizados, resultados obtidos e desafios.

Renato Grinberg: Não aproveite esse momento para desabafar. Falar que estava acumulando funções, que estava cansado de tantas atribuições, etc. Não fale mal da empresa ou do ex-chefe, foque nos pontos positivos da sua última experiência.

POR QUE HOUVE UMA LACUNA NO SEU EMPREGO ENTRE ESSE PERÍODO?
Roberto Recinella: Pode dizer que estava se aperfeiçoando, que precisou da pausa para criar seu filho, que cuidou de um familiar que estava doente, por exemplo, desde que as opções sejam verdade. Caso não, diga que está retornando ao mercado depois de um período de reflexão sobre o rumo que deveria dar à sua carreira ou que ainda não tinha encontrado o cargo que almejava compatível com suas competências.

Danielle Mendonça: Seja sincero, explique por que ficou fora do mercado por um tempo ou as dificuldades de se recolocar. Se ficou sem trabalhar para fazer cursos na área ou fora da área de atuação ou para viajar para outros países, pode dizer, pois muitas vezes esse tipo de atitude demonstra coragem e vontade de aprender e inovar. Deixe claro como tomou essa decisão e que isso fazia parte de um plano de carreira. Por exemplo, se deixou o emprego para viajar por um ano, importante dizer que tipo de conhecimento e experiência buscava e como isso poderia ser benéfico para sua carreira.

Renato Grinberg: Mesmo que por um motivo ou outro não foi possível conseguir trabalho nesse período, seja sincero, mas mostre que você usou esse tempo de uma maneira produtiva. Fez cursos, investiu em autoconhecimento, etc.

O QUE VOCÊ PODE OFERECER QUE OUTRO CANDIDATO NÃO PODE?
Roberto Recinella: Diga que não pode responder adequadamente, já que não conhece os demais candidatos, além disso, uma competência valorizada no mercado é justamente o trabalho em equipe. Você pode falar sobre as suas competências, mas nunca da falta delas nas outras pessoas.

Danielle Mendonça: Analise bem os pré-requisitos da posição e faça uma relação com seus pontos fortes, principalmente aqueles que já foram reconhecidos por gestores anteriores. Se você sabe que a posição busca alguém para gerenciar um grande projeto de reestruturação, conte uma experiência em que já liderou um projeto parecido, ou equipes em transformação, ou como fez parte de uma empresa que estava passando por uma grande mudança. Explique como foi essa experiência e quais ações suas agregaram positivamente.

Renato Grinberg: Essa pergunta tem a ver com autoconhecimento e conhecimento do cargo e empresa. Busque o que você tem de melhor para oferecer que seja relevante para aquele cargo/empresa.

CITE TRÊS COISAS QUE SEU EX-GERENTE QUERIA QUE VOCÊ MELHORASSE.
Roberto Recinella: Pode dizer algo do tipo: "O meu ex-gerente eu não sei, mas eu acho que devo melhorar..." Isso demonstra autoconhecimento e proatividade. Seja honesto e demonstre o que você está fazendo para melhorar as coisas citadas.

Danielle Mendonça: Diga a verdade, mas traga também exemplos de atitudes recentes para melhorar.

Renato Grinberg: Seja coerente com o que você acha que tem que melhorar, mas que obviamente não eliminariam você daquela função. Por exemplo, se a função é analista financeiro e você disser que tem dificuldades com números, não será contratado.

Qual seu objetivo na empresa?
Roberto Recinella: Pode dizer que pretende se empenhar ao máximo, superar desafios e auxiliar a empresa a atingir os resultados desejados e, se for reconhecido, crescer conforme as oportunidades oferecidas.

Danielle Mendonça: Se seu objetivo é crescer profissionalmente, mencione como você imagina que essa posição pode lhe proporcionar conhecimento, exposição, desafios e, assim, alavancar seu crescimento.

Renato Grinberg: Fale que quer contribuir para o crescimento da empresa, sempre trabalhando em equipe e também aprender novas coisas, se desenvolver e evoluir profissionalmente.

POR QUE A NOSSA EMPRESA DEVE TE CONTRATAR?
Roberto Recinella: Não fale que precisa aprender uma nova função, pois a empresa não é uma instituição de caridade ou uma escola. O melhor caminho é falar sobre seu comprometimento e citar situações em que você fez a diferença em cargos anteriores , os aprendizados e como deseja aplicá-los na empresa.

Renato Grinberg: Diga que está apto a atender às demandas e expectativas da empresa e dê alguns exemplos do que você acha que são essas expectativas.

QUAL O TIPO DE POSIÇÃO VOCÊ ACREDITA SER MAIS ADEQUADA AO SEU PERFIL?
Roberto Recinella: Diga que pode ser qualquer posição que possa fazer a diferença utilizando as competências da melhor forma. Cite resumidamente essas competências e em quais áreas elas seriam melhor utilizadas, como vendas, marketing , logística, administrativo, controladoria, etc. Aproveite a chance para recapitular e reforçar algumas de suas contribuições em empresas anteriores.

Renato Grinberg: Fale sobre liderança e motivação, mas não se esqueça de manter os pés no chão, tenha noção de quais as funções você pode desempenhar de acordo com sua experiência profissional.

O QUE VOCÊ ALMEJA NA SUA CARREIRA PROFISSIONAL?
Roberto Recinella: Diga algo na linha: ser um profissional reconhecido pelas minhas habilidades em gerar resultados sem que para isso eu precise desrespeitar normas e pessoas, além disso, ser capaz de reconhecer novas oportunidades que apareçam em minha trajetória profissional.

Danielle Mendonça: Mencione aspectos de aprendizado profissional como conhecimentos específicos, participação em algum projeto, gerenciamento de equipe pela primeira vez; e de aprendizado pessoal, como lidar com pessoas diferentes de você, vencer grandes desafios, etc.

Renato Grinberg: Pode dizer que quer se desenvolver profissionalmente e alcançar cargos cada vez mais relevantes na empresa, ou seja, ser capaz de cada vez mais agregar valor à sua função.

QUE TIPOS DE FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES VOCÊ APRECIA NO TRABALHO?
Roberto Recinella: Sugiro algo como aquelas que me desafiem, mesmo sabendo que muitas vezes terei que realizar muitas tarefas entediantes e rotineiras que são igualmente importantes para o sucesso do meu trabalho, mas algumas tarefas me encantam como finanças, vendas , logística, etc.

Renato Grinberg: Seja sincero e diga o que mais aprecia profissionalmente, mas sempre prestando atenção no perfil da vaga à qual você está concorrendo. Nunca diga: odeio falar ao telefone para uma vaga de vendas, por exemplo.

QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS E ELEMENTOS DO SEU TRABALHO QUE VOCÊ CONSIDERA MAIS IMPORTANTES?
Roberto Recinella: Trabalho em equipe, a soma do trabalho de todos que faz a empresa ser bem-sucedida e alcançar seus objetivos. Ter humildade de reconhecer quando preciso de ajuda para realizar uma tarefa e assim aprender como realizá-la. Proatividade para apresentar soluções e melhorar procedimentos e resultados.

Renato Grinberg: Fale o que realmente você acha que é relevante para aquela função.

QUAL É A COISA MAIS IMPORTANTE QUE VOCÊ APRENDEU NOS ÚLTIMOS ANOS?
Roberto Recinella: Pode dizer que não sabe tudo ou nem sempre tem razão, que existem muitas pessoas que possuem habilidades e conhecimentos diferentes dos seus, proporcionando a oportunidade de aprendizado e desenvolvimento pessoal e profissional. Pode dizer ainda que a entrevista, independente de você ser selecionado ou não, já está proporcionando um aprendizado.

Danielle Mendonça: Busque algum exemplo de aprendizado que seja um pré-requisito para essa posição e que possa ser utilizado pelo gestor. Exemplo: se um dos pré-requisitos é gestão de equipe, conte algum desafio que teve com sua equipe anterior.

Renato Grinberg: Fale sobre coisas profissionais que você realmente tenha aprendido e que sejam importantes para a nova função que você deseja assumir.

COMENTE UMA SITUAÇÃO EM QUE VOCÊ BUSCOU UMA NOVA RESPONSABILIDADE QUE DESAFIADA SUAS HABILIDADES.
Roberto Recinella: Sempre é aconselhável que antes de qualquer entrevista você revise seu arquivo mental de histórias e experiências profissionais, tanto as bem como as mal sucedidas. Nessa hora você deve acessá-las e comentar o acontecimento com objetividade, através da exposição de fatos e não de sentimentos.

Danielle Mendonça: Busque algum exemplo de aprendizado que seja um pré-requisito para essa posição. Se você sabe que um dos pré-requisitos é gestão de equipe, e citou que um dos seus pontos fracos é impaciência, conte como alguém da sua equipe anterior o ajudou a melhorar essa característica.

Renato Grinberg: Comente algo que tenha realmente acontecido, não minta, sempre explorando seus pontos fortes.

COMENTE UMA OCASIÃO NA QUAL VOCÊ TROUXE UMA NOVA E CRIATIVA IDEIA QUE IMPACTAVA A PERFORMANCE DE SUA EQUIPE.
Roberto Recinella: Se isso aconteceu mesmo, conte com detalhes de fatos, caso não tenha nada para dizer, não se preocupe, isso é o que geralmente acontece. Responda honestamente que você ainda não teve essa ocasião, mas isso não impede que ocorra a qualquer momento. Apenas não minta ou discorra sobre uma ideia esdrúxula ou comum só para poder responder.

Danielle Mendonça: Se você sabe que um dos pré-requisitos é liderar um projeto de mudança ou reestruturação, conte exemplos em que, de forma diferente de tudo o que já havia sido feito, motivou e treinou sua equipe, e que assim eles se tornaram agentes de mudança na empresa, influenciando outras áreas.

VOCÊ SE SENTE PRONTO PARA MUDAR DE UMA FUNÇÃO PARA OUTRA?
Roberto Recinella: Se responder que sim, diga que desde que seja um desafio e contribua para a carreira e com isso possa contribuir com a empresa em sua estratégia de crescimento. Mas fale isso só se realmente pensar assim.

Danielle Mendonça: Foque sua resposta em 3 pontos: experiências prévias com exemplos de sucesso que o qualifica para a função, desejo de aprendizado e desenvolvimento nos pré- requisitos que você não possui e alinhamento entre essa função e seus objetivos profissionais.

Renato Grinberg: Diga que sim, e forneça um exemplo de flexibilidade. Por exemplo, um projeto que você realizou ou contribuiu e que teoricamente não era sua função na empresa.

VOCÊ SE SENTE PRONTO PARA MUDAR DE PAÍS OU ESTADO?
Roberto Recinella: Pode dizer que depende do estado, do país e das condições para a família quanto ao acesso e qualidade dos serviços de educação e saúde. Mas não deixe claro que não pode tomar nenhuma decisão sem antes falar com a sua família. O fato de você estar interessado em uma empresa ou determinado cargo não significa que deva “vender a alma” para conquistá-lo. Ouça seu coração. Mudanças devem ser pensadas e planejadas.

Danielle Mendonça: Não faz sentido buscar posições globais ou que tenham muito contato com outros países se o profissional não tem disponibilidade para viagens.

Renato Grinberg: Só responda positivamente se for verdade e se isso fizer sentido para você. Falar que sim e depois voltar atrás é um tiro no pé.

NO QUE OS CANDIDATOS DEVEM PENSAR ANTES DE DAR AS RESPOSTAS? SEMPRE NO LADO PESSOAL, PROFISSIONAL OU NOS DOIS?
Roberto Recinella: Nos dois. O candidato deve aliar sua trajetória profissional com a sua qualidade de vida. É um ser humano que tem vida pessoal e profissional e por isso deve responder pensando em sua experiência de vida como um todo.

Danielle Mendonça: Ambos. O importante é manter a coerência, tanto o lado profissional quanto o pessoal devem estar alinhados.

Renato Grinberg: Trata-se de uma entrevista de emprego, portanto, as respostas devem ser profissionais, não pessoais.


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