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26 março, 2012

BC aponta queda no PIB


O nível de atividade econômica do país iniciou o ano de 2012 em queda, contra dezembro do ano passado, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (26) pelo Banco Central.

Contra janeiro do ano passado (sem ajuste sazonal, comparação considerada mais apropriada por economistas), o BC informou que foi registrado um crescimento de 1,44% no IBC-Br.
O Índice de Atividade Econômica do BC, o IBC-Br, que é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB pela autoridade monetária, registrou recuo dessazonalizado de 0,13% em janeiro deste ano (140,73 pontos), na comparação com dezembro (140,91 pontos). Nos dois meses anteriores, o índice havia registrado elevação.
Resultado de 2011
Em todo ano passado, o crescimento do PIB foi de 2,7%. Por setores, a agropecuária liderou o crescimento no ano, com alta de 3,9%, seguida por serviços (2,7%) e indústria (1,6%). A indústria de transformação, por sua vez, registrou crescimento de apenas 0,1%.
Com base neste cenário, o governo já começou a adotar medidas para estimular a economia. Além do processo de corte dos juros, a equipe econômica tem atuado para que o dólar fique em um patamar mais alto, para elevar as exportações. Atualmente, o dólar está acima de R$ 1,80.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também tem se reunido com setores para ampliar o processo de desoneração da folha de pagamentos. Ao mesmo tempo, o governo também tem adotado medidas para impedir uma invasão de importados.
Definição dos juros
O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros da economia brasileira. Atualmente, os juros básicos estão em 9,75% ao ano. A taxa começou o ano de 2012 caindo para estimular o nível de atividade econômica, em meio aos efeitos da crise financeira internacional. A previsão do mercado financeiro é de que os juros recuem para 9% ao ano em abril e assim permaneçam até o fim de 2012.
Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2011 e 2012, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

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