Os familiares do candidato a soldado, morto após teste físico exigido pelo concurso, reclamam de negligência da PM que acompanhava o teste do jovem. O irmão da vítima disse que ele foi levado para o hospital e ninguém da PM acompanhou o caso na unidade de saúde. “Quando cheguei ao hospital, o major veio me dizer que meu irmão tinha morrido. Foi esse o único momento que a PM esteve lá. Quando levaram meu irmão o deixaram lá sozinho, sem nenhuma assistência", disse Marinaldo Lopes. A vítima morreu nesta quinta-feira (1) após realizar testes de aptidão física exigido pela PM.
A família reclama ainda que a equipe da PM não fez nenhum exame no candidato após ele passar mal pela primeira vez, avaliando assim, as condições físicas para a realização de um novo teste. Segundo o irmão da vítima, o sonho dele era se tornar policial. "Meu irmão era um verdadeiro atleta, nunca teve nenhum problema de saúde. A gente não consegue entender como isso aconteceu", diz Marinaldo.
Em entrevista coletiva realizada na tarde desta quinta-feira (1), o major Marcos Nolasco, médico da PM, disse que a vítima passou mal duas vezes, uma depois de correr 800 metros e outra no chuveiro, quando a prova já tinha terminado.
“Eu fui a primeira pessoa a pegar ele, encostar as pernas dele bambeadas. Ele ficou como se não aguentasse mais, então ele perdeu os sentidos. Eu fiz um monte de perguntas médicas para ele e ele disse apenas que não tinha se alimentado. Uns 30 a 40 minutos depois desse primeiro mal estar súbito, ele teve um outro mal estar súbito ainda dentro da Vila Militar do Bonfim e foi socorrido por uma viatura da Polícia Militar porque nós já tínhamos tirado a nossa ambulância”, explicou o major.
“Eu fui a primeira pessoa a pegar ele, encostar as pernas dele bambeadas. Ele ficou como se não aguentasse mais, então ele perdeu os sentidos. Eu fiz um monte de perguntas médicas para ele e ele disse apenas que não tinha se alimentado. Uns 30 a 40 minutos depois desse primeiro mal estar súbito, ele teve um outro mal estar súbito ainda dentro da Vila Militar do Bonfim e foi socorrido por uma viatura da Polícia Militar porque nós já tínhamos tirado a nossa ambulância”, explicou o major.
A família contesta a versão oficial. “Pouco antes de completar a prova de corrida em volta da vila, meu irmão teve um mal estar. A equipe que acompanhava ele perguntou se ele estava bem e ele teria dito que sim. Então, o pessoal da PM se afastou e ele teria ficado deitado no acostamento dentro da vila (onde a prova é realizada) por mais ou menos 30 minutos. Foi quando um policial que o conhecia se aproximou para saber se estava tudo bem e meu irmão já não estava mais conseguindo se comunicar. O policial chamou o major Nolasco, médico da PM que solicitou uma viatura para leva-lo ao Hospital São Jorge, em Roma”, explicou Marinaldo
O corpo da vítima foi liberado do Instituto Médico Legal na noite desta quinta-feira e será levado para o município de Baixa Grande, terra natal dele, onde será sepultado. O laudo com as causas da morte deve sair em trinta dias. A suspeita é que ele tenha tido uma rabdoliolise. "É uma doença que ocorre após esforço físico, uma lesão muscular e que concorre com insuficiência renal e pode ocasionar a morte", explicou o médico da PM. O médico disse ainda que o candidato apresentou todos os 20 documentos exigidos e que recebeu todo o atendimento após passar mal.
"Nós temos certeza de que, do ponto de vista técnico, nós fizemos tudo certinho. Tudo além do que nós podíamos fazer, nos fizemos para essa pessoa, assim como fazemos com o outros candidatos”, concluiu Nolasco.
A assessoria da Polícia Militar informou ainda que a vítima tinha sido reprovada na etapa anterior ao teste de aptidão física por não ter apresentado um exame toxicológico. Ele entrou com uma ação na Justiça e foi autorizado a fazer o teste físico.
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