Os fins de semana de sol e mar fazem a alegria dos frequentadores da praia de São Tomé de Paripe, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, mas deixam marcas indesejáveis na areia. Todo dia pela manhã um mar de latas de cerveja e refrigerante, copos plásticos, palitos de picolé, restos de comida e cigarros tomam conta da orla da região. Para Luciane Paixão, vendedora de 22 anos que frequenta a praia desde pequena, o problema não está no esquema de limpeza, mas na atitude dos próprios banhistas, que não contribuem para diminuir a sujeira do dia seguinte. “O que a gente mais vê aqui é o povo jogando tudo quanto é porcaria na areia e no mar. É palito de churrasco, latinha, prato de acarajé. Ninguém coloca nos sacos como devia ser e os ambulantes também não ajudam a limpar”, contou, indignada.
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Segundo a assessoria de imprensa da Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (Limpurb), a remoção de lixo da praia é feita diariamente por 16 funcionários. “Excepcionalmente as segundas-feiras, em função do volume de resíduos jogados na areia, entra uma equipe especial com mais 20 agentes”, explica. Ainda de acordo com a assessoria, que não soube precisar a quantidade de resíduos coletada no local, os dejetos retirados da praia são colocados em caminhões compactadores e seguem direto para a estação de transbordo. Na vizinha Inema, praia situada em área da Marinha e escolhida pelo ex-presidente Lula e pela presidente Dilma Rousseff para passar férias, o cenário é completamente diferente. Águas azuis, areia branca e nada de garrafa pet ou comida pelo chão. “É até engraçado, né? Olhando para um lado está tudo sujo, olhando para o outro está tudo tão limpinho”, observa o ambulante José Sivaldo, que garante catar todas as latas de cerveja que vende no final de cada dia.
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