Estudantes do curso de Direito da Universidade Federal da Bahia (Ufba) decidiram nesta segunda-feira (19), após assembleia realizada na sede da instituição, que a partir desta quarta (21) irão fazer uma paralisação geral, como forma de reivindicar problemas estruturais e o andamento de obras, irregularidade de funcionamento de serviços, revitalização do acervo e estrutura da biblioteca, transparência de contas públicas, negligência e insuficiência do corpo docente e arbitrariedade dos órgãos da própria faculdade na tomada de decisões referentes aos alunos, entre outras insatisfações.
Em carta pública postada no Facebook, no início da tarde desta seguna, os discentes divulgaram a pauta de reivindicações, que segundo Luã Lessa – estudante que presidiu a mesa da reunião das 9h às 12h – já foi enviada à reitora da universidade para uma rápida providência. De acordo com o documento, “atualmente existe uma reforma em andamento, iniciada em 2010, a qual teve seu contrato rescindido por não cumprimento das obrigações contratuais estipuladas, pela empresa licitada. Por essa razão, temos: banheiros inutilizáveis, falta de água no prédio, sistema elétrico instável, fiação elétrica aparente, salas inutilizadas, auditório fechado, inexistência de condições estruturais de acessibilidade, infiltrações, rachaduras e mofo, ratos e baratas no prédio e retirada do espaço de convivência e representação dos alunos”. Conforme o documento, esses e outros problemas comprometem a segurança e a qualidade na formação dos futuros juristas, que devem se reunir novamente na próxima sexta (23), quando está previsto o retorno das atividades. Em conversa com o Bahia Notícias, o diretor da Faculdade de Direito da Ufba, Celso Castro, informou que às 17h desta segunda irá se reunir com o vice-reitor para discutir questões apresentadas pelos alunos. Ciente da situação, Castro revelou que apoia a decisão dos universitários. "Eu apoio, acho que na verdade as reivindicações são muito importantes.
Nós somos parceiros. É uma questão estrutural da faculdade. Falta agilidade na máquina [burocracia]", concluiu. Confira abaixo uma série de fotos dos estudantes que denunciam o atual estado do prédio onde se situa a faculdade.
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