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05 outubro, 2011

Perícia baiana oscila entre reconhecida excelência e precárias condições de trabalho no interior


A atividade pericial está em evidência, o programa Fantástico da Rede Globo exibiu extensa reportagem no último domingo, 30 de setembro, apontando mazela e pontuais resultados positivos.
A matéria não foi tão completa quanto propagou o programa, a perícia baiana não foi investigada pela reportagem como deveria. A Bahia está entre as melhores do Brasil: conta com profissionais de alto nível de capacitação e possui um aparato tecnológico que não deixa a dever aos centros desenvolvidos, dentro e fora do Brasil.
Os laboratórios do Departamento de Polícia Técnica da Bahia - DPT recebem cotidianamente peritos de vários estados do Nordeste – sem condições técnicas - para concluir seus trabalhos. O reconhecimento das vitimas - realizado em Salvador - do acidente aéreo ocorrido recentemente em Pernambuco, é um exemplo da excelência da perícia baiana.   
No entanto, as precárias condições de trabalho dos peritos do interior são gritantes. A perita criminal - genética forense - e presidente do Sindicato dos Peritos Criminalísticos da Bahia, Eleusa Santana, realiza um trabalho de visitação as Coordenações Regionais do interior e vem construindo um relatório consubstanciado com todo o quadro de precariedades e péssimas condições de trabalho.
A presidente afirma que a finalidade das visitas ao interior é dar prosseguimento ao trabalho de interiorização das atividades do sindicato e debater com os colegas as dificuldades enfrentadas, e possíveis soluções. “Apesar da reconhecida excelência da Perícia Baiana, as coordenações do interior enfrentam graves dificuldades operacionais”, enfatiza Eleusa.
Eleusa Santana de Oliveira é representante do sindicalismo sem vícios. Atenta às questões políticas, no entanto, foca suas ações na valorização e melhoria das condições de trabalho da categoria. “Buscamos que a coletividade perceba a atividade pericial como um instrumento a seu favor, o perito é um profissional fundamental na construção da justiça”, conclui Eleusa.

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