Os dois tucanos confirmaram a existência dos acordos. A reportagem fez diversos questionamentos ao governo estadual sobre a execução das emendas do PT, mas nenhuma das perguntas foi respondida.
O ex-deputado Roberto Felício, que realizou o acerto no ano seguinte, disse não se lembrar se o valor que valeu para 2009 era de "R$ 30 milhões ou R$ 40 milhões". A liderança do PT na Assembleia informou que o valor foi de R$ 30 milhões em cada um dos dois anos.
De acordo com Simão Pedro, o PT estabeleceu um critério populacional para dividir o dinheiro entre os municípios comandados pelo partido. "Na divisão eu chamei os prefeitos e apresentei para eles uma proposta de divisão por número de habitantes para não haver nenhuma injustiça ou discriminação", disse. "Prefeituras de até 10 mil habitantes receberam uma média de R$ 150 mil. Cidades grandes, emendas de até R$ 800 mil."
O deputado afirmou que em 2010 e 2011 o acordo com os tucanos não se repetiu. "Percebendo que tinha força para impor a votação do Orçamento na Assembleia, o governo passou a adotar apenas as emendas individuais."
Convivência
"Foram reuniões na linha de estabelecer uma convivência correta, harmoniosa. A orientação do Serra é que não tinha de discriminar ninguém", afirmou Aloysio, que confirmou o acerto, mas questionou a designação "emenda". "Não é emenda no sentido técnico. Era indicação para que programas do governo pudessem atender cidades que na visão deles estavam sendo pouco atendidas."
De acordo com Vaz de Lima, o acordo foi "moral e republicano". "O PT de vez em quando chega lá e diz não dá, vocês precisam ajudar mais os nossos municípios. Num entendimento, o governo vai lá e diz: vamos liberar mais R$ 20 milhões, R$ 30 milhões." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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