EM DESTAQUE

05 outubro, 2011

Remédio para diabetes é utilizado para auxiliar no emagrecimento na Bahia


Na Bahia o medicamento Victoza, indicado para o tratamento de diabetes tipo II, vem sendo utilizado para quem deseja emagrecer. O remédio é fabricado por um laboratório dinamarquês e chegou ao Brasil há três meses. Uma caixa do Victoza contém 30 doses, sendo utilizada uma por dia. O princípio ativo da droga é a substância Liraglutida, que reduz o nível de açúcar no sangue. O remédio também diminui o apetite e por este motivo passou a ser bastante procurado por quem deseja reduzir as medidas. Atualmente o Victoza está em falta em vários estados.
O administrador de empresas Antônio Carlos Tramm é diabético e há duas semanas está ligando  vezes por dia para farmácias de Salvador em busca do medicamento, mas não encontra. “Ligamos pra todos os fornecedores que eles nos deram e não tem, um deles me sugeriu mandar buscar no Piauí”, afirmou Antônio.
O medicamento é vendido sem receita médica e em uma farmácia especializada em produtos para diabéticos da capital baiana, a lista de espera já tem mais de 100 pessoas. “A procura foi tanta, né, por essa ânsia de emagrecimento, as pessoas leram revistas né com essa informação e aí nós, em simplesmente um mês que nós tínhamos o produto, não temos mais” informou a farmacêutica Nelma Cardoso. O dono da farmácia também informou que a última remessa acabou em dois dias “Recebemos quinta feira à tarde, recebemos 48 peças, no sábado pela manhã não tinha mais” disse Paulo Pasqualotti.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a venda do medicamento no Brasil em março de 2010, mas apenas para pacientes diabéticos. O consumo do remédio para qualquer outra finalidade, além do permitido, é considerado arriscado por especialistas. Em comunicado, a Anvisa observa que o próprio fabricante alertou que a utilização do Victoza na perda de peso pode provocar a inflamação do pâncreas, desidratação e alteração da função renal.
O uso indiscriminado do remédio está preocupando os endocrinologistas. “Uma droga lançada no mercado recentemente que, por mais que nós tenhamos estudos prévios que respaldem a sua liberação e utilização no mercado, a gente ainda não tem tanto tempo de utilização para conhecer todos os efeitos adversos que a medicação pode dar”, ressaltou a diretora do Centro de Diabetes e Endocrinologia do Estado da Bahia, Reine Chaves Fonseca.

0 comentários:

Postar um comentário

Parceiros

Share

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More