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13 outubro, 2011

Lanchonete explodiu matando 3 e deixando 17 feridos

Veja fotos em 360 graus do local onde ocorreu a explosão no Rio (G1)

O subsecretário de Defesa Civil do Rio de Janeiro, Márcio Motta, informou na tarde desta quinta-feira (13), que os funcionários do prédio, onde houve uma explosão, que matou três pessoas e deixou 17 feridas, já podem entrar no estabelecimento para retirar documentos.
"O que podemos afirmar no momento é que não há risco iminente da edificação desabar. As pessoas podem ir lá buscar documentos, com o acompanhamento de agentes da Defesa Civil e profissionais do Corpo de Bombeiros. Mas tem que retirar os documentos e sair, não podem permanecer no prédio", explicou Motta.
Funcionários sobrem em prédio onde houve explosão para retirar pertences (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)Funcionários entram em prédio para retirar
pertences (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)
A Defesa Civil forma grupos de pessoas que tem 20 minutos para entrar e retirar documentos, computadores e produtos.
Ainda de acordo com o subsecretário, os hóspedes do Hotel Formule 1, que fica ao lado do edifício onde houve a explosão, já podem retornar ao local.
"Nós fizemos uma varredura de todo o quarteirão dos conjuntos vizinhos deste prédio, onde houve a explosão, para certificar que está tudo tranquilo e podemos liberar. O hotel já foi liberado, mas com restrições. A parte dos fundos do hotel, que fica junto com o local onde houve esta explosão, está interditada, porque é uma área onde eles armazenam a roupa de cama", disse Márcio.
O subsecretário também acrescentou que após a retirada do entulho, o prédio passará por uma avaliação mais criteriosa.
"Todas as lojas do térreo desta rua, em frente à Praça Tiradentes, estão interditadas. O prédio especificamente, onde houve a explosão, passará pela retirada do entulho para depois fazer uma avaliação mais criteriosa nas colunas de sustentação deste prédio", concluiu o subsecretário.

A perícia está sendo feita no local. O trabalho de contenção será realizado na parte externa do prédio, para conter queda de rebocos. De acordo com Motta, a retirada de entulho deve durar até o domingo. Para isso, a RioLuz está instalando holofotes para que os trabalhos continuem durante a noite.

Câmera de monitoramentoUma câmera de monitoramento da Prefeitura do Rio registrou o momento da explosão. O relato de funcionários e a vistoria realizada por bombeiros e técnicos da Defesa Civil apontam para a hipótese de que um vazamento de gás tenha causado a explosão. O comandante do Corpo de Bombeiros e secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, afirmou que a lanchonete não tinha autorização para utilizar gás combustível e não tinha todos os papéis necessários para seu funcionamento.
A Companhia Distribuidora de Gás do Rio (CEG) informou, por meio de nota, que "desde 1961 não fornece gás canalizado para o prédio".
“A edificação não foi aprovada para utilização de gás combustível, seja sob a forma de cilindros de GLP ou canalizado de rua, não sendo admitido abastecimento de qualquer tipo de gás combustível sem prévia autorização", diz o laudo dos bombeiros.

Oito andares atingidos
 A lanchonete Filé Carioca funcionava em um prédio de onze andares. Com o impacto da explosão, oito andares foram atingidos. O estabelecimento fica na Praça Tiradentes, na Rua da Carioca. Os três mortos foram identificados como Matheus Macedo de Andrade, de 19 anos, o chef de cozinha da lanchonete Filé Carioca, Severino Antônio, e o sushiman Josimar.
O depoimento de uma testemunha para a Polícia Civil aponta para a possibilidade de que a explosão tenha ocorrido após um cigarro ser acendido dentro do prédio. As imagens registradas logo após o acidente mostram a praça tomada pela poeira e fumaça.

Após vistoria nesta manhã ao prédio, o comandante dos Bombeiros lembrou que na quarta-feira foi feriado e o gás pode ter se acumulado no ambiente fechado. "Hoje pela manhã, na abertura das lojas, esse gás encontrou fonte de ignição e a velocidade de queima é muito grande", avaliou o comandante. Ele acredita que o prédio deva ficar interditado por pelo menos mais dois dias.
mapa do local da explosão (Foto: Arte / G1)
Trabalho de resgate
Pelo menos 40 bombeiros do quartel Central foram deslocados para socorrer as vítimas. De acordo com a Secretaria municipal de Saúde, 17 pessoas ficaram feridas, sendo três em estado grave - dois com traumatismo craniano e um com traumatismo abdominal. Por volta das 14h30, sete pessoas tinham recebido alta. Entre os feridos, 16 foram encaminhados para o Hospital Souza Aguiar e um dos feridos foi levado para o Hospital Miguel Couto.

Interdições
Por causa do trabalho de resgate e de limpeza, vias no entorno da Praça Tiradentes foram interditas.
O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que foram bloqueadas as ruas Visconde de Rio Branco (na altura da Praça Tiradentes), da Carioca, da Assembleia, Avenida República do Paraguai (em frente à Rua Evaristo da Veiga, em direção à Rua da Carioca) e uma faixa da Rua do Lavradio (na altura da Avenida República do Chile).
Equipes da Prefeitura, como agentes da CET-Rio, Guarda Municipal e Comlurb, além de Bombeiros e Policiais Militares estavam no local, que permanecia isolado.
Como alternativa, os motoristas que circulam pelo Centro podem utilizar as avenidas Rio Branco, Almirante Barroso, República do Chile, além das ruas do Lavradio, do Senado, Vinte de Abril e Avenida Mem de Sá.

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