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16 outubro, 2011

Mais de 4 mil pessoas participam da I Festa Literária de Cachoeira

Casa da Rede na Flica (Foto: Tatiana Maria Dourado/ G1BA)

A I Festa de Literária Internacional de Cachoeira (Flica), no Recôncavo Baiano, encerra neste domingo (16). Durante seis dias a Festa promoveu além da discussão literária na região, diversas ações culturais. A Flica reuniu mais de 4 mil pessoas no Conjunto do Carmo, com bate-papo realizado com 33 convidados entre escritores brasileiros e estrangeiros. Ao todo foram 13 escritores baianos, com destaque para a mesa “A Poesia Baiana Contemporânea – Homenagem a Damário da Cruz”, que contou com três autores do estado, entre eles, o mais novo do evento, Darlon Silva, com 20 anos de idade e natural de Cruz das Almas, município também localizado no Recôncavo.
Para o curador do evento, Aurélio Schommer, a Festa Literária vai além do livro, com foco na literatura. “A Festa está presa à literatura, que é mais ampla. Quando você vê dramaturgia e música, tudo isso é obra literária. A literatura é o hábito da criação literária, que não está presa ao livro, e muito menos ao livro impresso”, define.
Por isso, a Flica contou com uma programação musical paralela às mesas de discussão. Desde o início do evento passaram pelo palco principal da cidade a Orkestra Rumpilezz, BaianaSystem, Magary, Samba de Roda Suerdieck e Percussivo Mundo Novo. A baiana Clécia Queiroz finaliza o evento com a apresentação do show “Samba de Roque”, uma homenagem ao também baiano, Roque Ferreira.
A literatura é o hábito da criação literária, que não está presa ao livro, e muito menos ao livro impresso"
Aurélio Schommer, curador do evento
O mecânico Carlos Souza, disse que ficou muito contente com o evento. “Achei a programação musical maravilhosa. Eu não fui ao Carmo [onde aconteciam as discussões literárias], porque eu trabalhei todos os dias, mas fui a toda programação musical na praça. Amei conhecer a Orkestra Rumpillez, nunca tinha visto tocar. O mais legal desse evento foi a cidade receber uma programação como essa, que nunca tinha passado por aqui”, comemora.
Casa da Rede
Localizado em um sobrado na Praça da Aclamação, no centro de Cachoeira, um espaço cheio de poesia, prosa e música atraiu a atenção do público. Por lá passaram poetas cachoeiranos, baianos e turistas, realizando a cada noite, diversas performances poéticas. A programação contou ainda com artistas vindos da capital, como a performer Ana Dumas e o Dj Jabar, o grupo de teatro infantil do grupo Filó e as cantoras Cláudia Cunha e Marcela Bellas, esta última que se apresentou pela primeira vez no município. “O convite para participar da Flica foi maravilhoso. Tocar aqui na Casa da Rede foi fantástico porque o público é bastante receptivo e carismático. Pude dividir com eles o palco e a arte”, avaliou a artista.
A professora Joice Santos, moradora da região, comemorou a realização do evento na cidade. “Nós estávamos carentes de um evento como esse. Estou na cidade desde quarta-feira e pude participar de diversas programações. Gostei muito das mesas da sexta-feira,que discutiram a negritude, sem perder o foco que é a literatura”, revela.
Encantado com o evento, o poeta e contista português Pedro Mexia, que participou de uma das mesas de debate e que esteve pela primeira vez em Cachoeira opinou sobre a Festa. “A impressão é de que essa não é a primeira edição. A festa está maravilhosa. Espero que continue assim durante anos”. As programações da Flica são realizadas até as 22h de domingo.

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