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23 maio, 2012

Greve de ônibus em Salvador deixa soteropolitano sem transporte

No início da manhã desta quarta-feira (23), primeiro dia da paralisação dos rodoviários em Salvador, a população já sentia os efeitos da falta de transporte nos pontos de ônibus. Às 5h40 já havia concentração de pessoas em um dos pontos da Avenida Paralela que diziam estar à espera de um ônibus desde as 5h.

Para quem não pode pagar por um táxi, a alternativa é recorrer às vans e até mesmo a carros que passam pelos pontos anunciando seu destino. Já nesta manhã era possível ver as vans lotadas, que circulam pela capital.

No 1º dia de greve, população já sente reflexos da falta de ônibus (Foto: Reprodução/ TVBA)
População aguarda transporte no início da manhã
desta quarta (Foto: Reprodução/ TVBA)

A empregada doméstica Noêmia Miranda acordou no horário habitual e foi para o ponto esperar por transporte no bairro de Tancredo Neves. "Esperei por uma hora e não passava nada, só aqueles carros clandestinos e mesmo assim não tinha para todos os bairros. Liguei para a patroa e ela disse que não tinha como me buscar, para eu ficar em casa", diz.

A engenheira civil Adriana Bittencourt conta que em dias de greve mais da metade dos trabalhadores costuma não ir à obra. "O principal receio deles é conseguir chegar e não ter como voltar para casa. Alguns têm moto, ou carro, mas é uma minoria. A empresa já chegou a dar dinheiro para os que têm carro abastecerem e darem carona aos colegas. Também estamos tentando alugar um ônibus para passar pelos bairros onde mais trabalhadores moram", revela.

Greve
A paralisação intermunicipal dos rodoviários foi anunciada na tarde de terça-feira (22), após uma reunião da categoria com empresários no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Uma nova rodada de negociação está prevista para segunda-feira (28) e até lá a categoria deve manter a paralisação.
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Os rodoviários pedem 14% de aumento, mas aceitam negociar a proposta de 8% sugerida pelo Ministério Público e Secretaria do Trabalho.
Apesar da decisão, uma liminar judicial determina a manutenção de uma frota mínima de 60% nos horários de pico e 40% nos outros horários. O sindicato afirma que orientou todos os rodoviários sobre a determinação, mas não pode garantir o cumprimento da liminar.

De acordo com Hélio Ferreira, do Sindicato dos Rodoviários, a categoria reivindica aumento de 14%, correspondente à inflação, mais 8% de ganho real, além do retorno do quinquênio, fim da terceirização, plano de saúde para empregado e família, 30 tickets no mês, com aumento do valor de R$10,60 para R$15.

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