O secretário-geral da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jérôme Valcke, afirmou nesta terça-feira (8), em reunião da comissão especial que analisa a Lei Geral da Copa na Câmara dos Deputados, que será criada uma categoria especial de ingressos mais baratos, chamada de categoria 4.
Segundo Valcke, os ingressos dessa categoria serão vendidos a cerca de US$ 25 (cerca de R$ 44, na cotação desta terça) e só poderão ser comprados por idosos, estudantes e pessoas de baixa renda. “Com a criação dessa categoria, queremos dar acesso ao maior número de pessoas”, disse.
O preço dos ingressos é uma das polêmicas relacionadas ao Mundial de 2014. Pela Lei Geral da Copa enviada pela presidente Dilma Rousseff para votaçao no Congresso, a prerrogativa de decidir o preço da entrada nos estádios é da Fifa, que organiza a competição.
Outra polêmica é a possibilidade de meia-entrada, prevista na legislação brasileira para idosos. Em relação a estudantes, há legislações estaduais diferentes pelo país, mas a Câmara aprovou um projeto que federaliza o direito. A proposta ainda precisa passar pelo Senado.
Valcke criticou a cobrança de meia-entrada porque, segundo ele, não são os mais pobres que compram estes ingressos. O secretário-geral da Fifa disse que se pretende criar mecanismos para evitar a ação de cambistas e que os ingressos mais baratos sejam comercializados no mercado paralelo.
Reportagem do G1 publicada na semana passada mostrou que os ingressos para a Copa de 2014 só serão comercializados a partir de julho de 2013. A reportagem informou também que os pacotes de "hospitality" – que permitem aos torcedores assistir aos jogos em espaços exclusivos – vão custar até US$ 2,3 milhões.
Agilidade na Lei Geral
Valcke pediu ainda aos deputados agilidade na aprovação da Lei Geral da Copa, texto que traz um conjunto de exigências da Fifa para a realização do evento no Brasil. Segundo ele, a Fifa não fez nenhuma exigência adicional às garantias dadas pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2007.
Valcke pediu ainda aos deputados agilidade na aprovação da Lei Geral da Copa, texto que traz um conjunto de exigências da Fifa para a realização do evento no Brasil. Segundo ele, a Fifa não fez nenhuma exigência adicional às garantias dadas pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2007.
O secretário-geral afirmou que não há motivos para conflito entre a Fifa e o governo brasileiro. Segundo ele, a Fifa “não colocou em questão a soberania do Brasil” com as exigências feitas para a realização da Copa. “É fundamental trabalhar em conjunto”, afirmou.
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, afirmou que a adaptação da legislação brasileira é “crucial” para a realização do torneio. Ele pediu agilidade na aprovação da Lei Geral pois “o tempo não está mais do nosso lado”.
Ricardo Teixeira disse que os pedidos feitos pela Fifa, como a proteção de marcas patrocinadoras do evento, “não fazem parte de discussão ideológica ou de soberania”. “Peço apoio aos senhores para que encontremos entendimento”, afirmou.
O presidente da comissão, Renan Filho (PMDB-AL), entregou a Valcke uma proposta para que a Copa de 2014 tenha como tema o desarmamento, assim como o combate à Aids foi o tema da Copa de 2010, realizada na África do Sul. Valcke disse ter gostado da ideia e que a Fifa deve apoiar a proposta.
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