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01 fevereiro, 2012

Secretário-geral da Fifa anuncia ingressos a preços populares

Comissão da Lei Geral da Copa na Câmara nesta terça (Foto: Agência Câmara)

O secretário-geral da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jérôme Valcke, afirmou nesta terça-feira (8), em reunião da comissão especial que analisa a Lei Geral da Copa na Câmara dos Deputados, que será criada uma categoria especial de ingressos mais baratos, chamada de categoria 4.
Segundo Valcke, os ingressos dessa categoria serão vendidos a cerca de US$ 25 (cerca de R$ 44, na cotação desta terça) e só poderão ser comprados por idosos, estudantes e pessoas de baixa renda. “Com a criação dessa categoria, queremos dar acesso ao maior número de pessoas”, disse.
O preço dos ingressos é uma das polêmicas relacionadas ao Mundial de 2014. Pela Lei Geral da Copa enviada pela presidente Dilma Rousseff para votaçao no Congresso, a prerrogativa de decidir o preço da entrada nos estádios é da Fifa, que organiza a competição.
Outra polêmica é a possibilidade de meia-entrada, prevista na legislação brasileira para idosos. Em relação a estudantes, há legislações estaduais diferentes pelo país, mas a Câmara aprovou um projeto que federaliza o direito. A proposta ainda precisa passar pelo Senado.
Valcke criticou a cobrança de meia-entrada porque, segundo ele, não são os mais pobres que compram estes ingressos. O secretário-geral da Fifa disse que se pretende criar mecanismos para evitar a ação de cambistas e que os ingressos mais baratos sejam comercializados no mercado paralelo.
Reportagem do G1 publicada na semana passada mostrou que os ingressos para a Copa de 2014 só serão comercializados a partir de julho de 2013. A reportagem informou também que os pacotes de "hospitality" – que permitem aos torcedores assistir aos jogos em espaços exclusivos – vão custar até US$ 2,3 milhões.
Agilidade na Lei Geral
Valcke pediu ainda aos deputados agilidade na aprovação da Lei Geral da Copa, texto que traz um conjunto de exigências da Fifa para a realização do evento no Brasil. Segundo ele, a Fifa não fez nenhuma exigência adicional às garantias dadas pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2007.
O secretário-geral afirmou que não há motivos para conflito entre a Fifa e o governo brasileiro. Segundo ele, a Fifa “não colocou em questão a soberania do Brasil” com as exigências feitas para a realização da Copa. “É fundamental trabalhar em conjunto”, afirmou.
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, afirmou que a adaptação da legislação brasileira é “crucial” para a realização do torneio. Ele pediu agilidade na aprovação da Lei Geral pois “o tempo não está mais do nosso lado”.
Ricardo Teixeira disse que os pedidos feitos pela Fifa, como a proteção de marcas patrocinadoras do evento, “não fazem parte de discussão ideológica ou de soberania”. “Peço apoio aos senhores para que encontremos entendimento”, afirmou.
O presidente da comissão, Renan Filho (PMDB-AL), entregou a Valcke uma proposta para que a Copa de 2014 tenha como tema o desarmamento, assim como o combate à Aids foi o tema da Copa de 2010, realizada na África do Sul. Valcke disse ter gostado da ideia e que a Fifa deve apoiar a proposta.




Fifa anuncia ingressos de faixa popular (Divulgação)

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