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30 julho, 2012

Planalto faz cálculo pragmático para ficar distante de julgamento

Com mensalão, Planalto cria agenda positiva  (Editoria de Arte/G1)
A determinação que partiu do Palácio do Planalto para que ministros do governo fiquem distante do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal não foi por acaso. Avaliação pragmática feita pelo núcleo palaciano é que, independente do resultado desse julgamento, só o fato de rememorar no STF a maior crise política do governo Lula já é um motivo de desgaste.

Nas palavras de um ministro petista, Dilma Rousseff foi para o centro do poder porque ela representava uma renovação do governo Lula para superar o episódio. Em 2005, a então ministra de Minas e Energia foi convocada pelo ex-presidente para assumir a Casa Civil, no auge da crise. Por isso, acrescentou esse ministro, não tem porque o governo Dilma entrar neste noticiário. Para blindar a aprovação elevada de Dilma, a ordem é criar uma agenda positiva com ações para estimular a economia.

Com isso, o Planalto deixa para o PT a tarefa de tentar amenizar os efeitos políticos do julgamento nas eleições municipais desse ano. Houve grande mobilização de petistas para tentar adiar o julgamento para depois de outubro. Mas ao decidir o calendário para agosto, o Supremo mandou um recado: o adiamento criaria um precedente perigoso, impedido o judiciário de analisar casos polêmicos períodos eleitorais.
No mais…
… a decisão do STF terá um efeito pegagógico no pleito desse ano e nas próximas eleições: o julgamento servirá de parâmetro para as novas práticas políticas no país.

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