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31 janeiro, 2012

Motoristas de ônibus de SP voltam ao trabalho após paralisação


Motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo que iniciaram uma paralisação às 3h desta terça-feira (31) em protesto às multas que são aplicadas pela SPTrans e pela Prefeitura começaram a voltar ao trabalho por volta das 6h30. A paralisação durou cerca de três horas. Segundo o Sindicato dos Motoristas de São Paulo, são mais de 400 multas por dia, com valores que acabam sendo descontados dos salários dos funcionários. A SPTrans informa que aplica as multas unicamente nas empresas, sendo estas as responsáveis por repassá-las aos funcionários.
Quem precisou sair de casa cedo nesta terça-feira enfrentou atraso. No Terminal Carrão, por exemplo, passageiros foram pegos de surpresa.
A expectativa é que os 44 mil motoristas e cobradores tenham parado nas 32 garagens de ônibus. Por volta das 6h20, alguns ônibus já haviam começado a deixar as garagens, segundo a SPTrans.
Em nota divulgada durante a madrugada, a SPTrans afirma que "adotou medidas emergenciais de atendimento, visando minimizar os transtornos aos usuários, nas quais os midiônibus que operam no sistema de permissão, onde houver possibilidade, terão seus itinerários estendidos até as estações de Metrô e trens; bem como orientará as pessoas nos terminais a deslocarem-se por meios próprios até um corredor que possibilite embarcar em ônibus da EMTU, ou dos permissionários, ou do transporte por metrô ou trem; ou até mesmo que evitem chegar aos terminais, desembarcando nos itinerários onde possam encontrar alternativas para os seus deslocamentos".
Diariamente, 6,1 milhões de usuários utilizam o sistema municipal de transporte público, de acordo com a companhia.
Os sindicalistas afirmam que fracassaram as negociações realizadas com a SPTrans nesta segunda. Eles pedem que os motoristas estejam sujeitos apenas às multas previstas no Código Brasileiro de Trânsito e protestam contra o regulamento municipal chamado Resam (Regulamento de Sanções e Multas).
Segundo o diretor de Comunicação do Sindicato dos Motoristas, Nailton de Souza, a regra faz com que valores muito mais altos que os do código sejam repassados aos motoristas. Embarcar ou desembarcar passageiro fora do ponto, por exemplo, rende multa de R$ 720. Ele se queixa ainda que os funcionários não podem se defender como desejam, pois são as empresas as responsáveis por apresentar recurso.
Terminal Santo Amaro também ficou cheio (Foto: Juliana Cardilli/G1)Terminal Santo Amaro ficou cheio com paralisação de motoristas e cobradores de ônibus (Foto: Juliana 

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