EM DESTAQUE

17 novembro, 2011

Presa quadrilha que furtava dinheiro de contas pela internet

Itajuípe - Com a prisão em flagrante do mototaxista Danilo Santana Silva, o Niquinha, 26 anos, a Polícia Civil de Itajuípe desarticulou, na tarde de terça-feira, 15, uma quadrilha especializada em furtos de contas bancárias pela internet, liderada pelo hacker conhecido como Marcos Tadeu, um estudante universitário de Itabuna.
O hacker ainda está solto, mas outros dois, Leandro Bulhões Gonçalves, o Leo, 25 anos – estudante de nutrição, natural de Coaraci –, e Rone Victor Vieira Brito, 22 anos – estudante de enfermagem, de Itororó –, apontados por Niquinha como integrantes da gangue, também foram presos e ficaram na carceragem da delegacia de Itajuípe à disposição da Justiça. Na quarta-feira à tarde, 16, o juiz Luiz Sérgio Vieira concedeu liberdade provisória a Leandro Bulhões e Rone Brito.
Segundo a delegada Gildete Brito Duarte, o golpe era aplicado por Marcos Tadeu, que invadia as contas bancárias das vítimas e transferia o dinheiro para outras contas passadas pelos comparsas. As transferências feitas pelo haker, segundo a delegada, variavam entre R$ 4 mil e R$ 5 mil.
Ela disse que Marcos Tadeu levava 90% de cada saque e os 10% restantes eram divididos com os comparsas. Leo, Victor e Niquinha estavam encarregados de sacar o dinheiro e entregar a Marcos Tadeu, em espécie. Se o hacker não estivesse na região, os comparsas enviavam para uma conta por ele indicada.
A prisão dos três aconteceu após uma denúncia anônima. Após ser flagrado, o mototaxista entregou os outros comparsas. A delegada Gildete Brito Duarte acredita que a quadrilha é bem maior e ainda não sabe há quanto tempo atua, nem quanto furtou de dezenas de correntistas, especialmente do Banco do Brasil.
A polícia dispõe do extrato bancário da conta de uma das vítimas que estava com o mototaxista, junto com o dinheiro sacado. “Vou pedir à Justiça a quebra do sigilo bancário dos quatro para tentar levantar o volume do dinheiro furtado das vítimas”, disse a delegada.
Quando foi preso, Niquinha ia para Coaraci entregar o dinheiro a Leo, que, em seguida, repassaria para Victor, que estava hospedado em uma pousada da cidade. Este iria entregar a Marcos Tadeu, que seria responsável pela divisão do dinheiro furtado.
Os envolvidos estão enquadrados no crime de furto qualificado mediante fraude, previsto no Artigo 155, parágrafo 4º, inciso 2º do Código Penal. Segundo a delegada, furto qualificado tem pena prevista de 2 a 8 anos de reclusão e multa. Entretanto, os crimes cometidos por meio da internet não estão previstos no código; ou seja, o enquadramento é feito por analogia e depende do entendimento do juiz.

0 comentários:

Postar um comentário

Parceiros

Share

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More