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01 novembro, 2011

Buracão em Campo Grande, erosão engoliu rua e já atinge calçada

Buraco gigante 'engole' rua
e calçada em Campo Grande (Ricardo Campos Jr./G1 MS)
O penhasco formado por uma erosão que destruiu o asfalto da rua Marquês de Herval, no bairro Nova Lima, em Campo Grande, atraiu curiosos de outras regiões ao local e deixou moradores das redondezas temerosos diante da possibilidade de as casas serem “engolidas” pelo buraco. Na segunda-feira (31), parte da calçada de um imóvel, que havia ficado intacta no desmoronamento registrado no domingo (30) durante a chuva, veio abaixo.

A construção, que está próxima ao buraco, começou a apresentar rachaduras no muro. O pedreiro Jone Roger dos Santos, 23 anos, dorme no local para cuidar da segurança do empreendimento. Ele conta que, na madrugada de domingo (30), foi acordado pelo barulho do deslizamento de terra, que incluía a pavimentação da rua.
“Deu um barulhão, mas achei que não era nada. De manhã cedo, quando saí, vi o estrago”, disse ao G1.
Pedreiro exibe rachadura em muro de obra (Foto: Ricardo Campos Jr./G1 MS)Pedreiro exibe rachadura em muro de obra
(Foto: Ricardo Campos Jr./G1 MS)
Em entrevista ao MSTV 1ª Edição, da TV Morena, o secretário municipal de obras, João Antônio De Marco, disse que a prefeitura irá fazer obras emergenciais no local para restabelecer o trânsito e afastar os imóveis do risco de desmoronamento. Os serviços serão provisórios e, caso haja trégua das chuvas, devem ser concluídos em até 20 dias, informou o secretário.
Ele conta que, na terça-feira (1º), o serviço para o qual foi contratado na obra termina e ele não vai mais precisar dormir ao lado da erosão. “É algo sem explicação. Nunca achei que veria um negócio desses na minha vida. Nunca achei que fosse presenciar”, afirma. “Se começar a cair tudo saio pulando o muro do vizinho na hora do aperto”, brincou o trabalhador.
Durante a segunda-feira (31) foi grande a movimentação de pessoas para “visitar” a erosão, segundo os moradores próximos ao local. “Se eu contasse quantos passavam e pedisse R$ 0,10 eu já estaria rico”, disse Roger.
Vizinha da obra, a dona de casa Elza Benites Jimenes se diz horrorizada com a cratera e teme que na próxima chuva sua casa seja levada pela terra. O patrimônio que lutou ao longo de anos para conseguir seria destruído em questão de minutos, segundo ela.
“Como é que se dorme? As autoridades não fazem nada. Todo mundo tem medo em morar em um local com um buraco desses”, disse a dona de casa ao G1.

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