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19 outubro, 2012

Benzeno mata mais um trabalhador da Petrobrás

Enquanto as gerências da Petrobrás alegam que não hácontaminação por benzeno nas unidades da empresa e tentam, a todo custo, imporlimites de tolerância à substância, mais um trabalhador perde a vida após lutardurante meses contra a leucemia mielóide aguda. Estamos falando do companheiroEnivaldo, conhecido como Shalom, que era Técnico de Operação da Rlam, e faleceuna tarde de quinta (18), no Hospital Sírio Libanez, em São Paulo, ondechegou a se submeter a um transplante de medula. Infelizmente, ele nãoconseguiu debelar a leucemia aguda que adquiriu após anos de exposição aobenzeno em uma das unidades mais contaminadas da Rlam, a U-30, que chegou,inclusive, a ser duas vezes interditada pelos órgãos fiscalizadores da Bahia.
A FUP, o Sindipetro Bahia e todos os companheiros de Shalom lamentam a perda de mais uma vida em função dairresponsabilidade de gestores que só se preocupam com cifrões e resultados. Ocorpo de Enivaldo será transferido para Salvador, onde será velado e sepultadona sexta (19). Que sua história, assim como a do companheiro Kapra, daRPBC, que também foi vítima do benzeno, fortaleça a luta dos petroleiros porcondições seguras de trabalho. Por Enivaldo, Kapra e tantos outrostrabalhadores vítimas do benzeno, seguimos em frente para impedir que gestoresirresponsáveis tentem relativizar e minimizar os efeitos nocivos e fatais desseagente químico.
Reproduzimos abaixo trechos da matéria publicada na últimaedição do Primeira Mão, cujo conteúdo tem sido recorrente em nossos boletins enos informativos dos sindicatos:
Em todo o Sistema Petrobrás estão surgindo novos casos dealterações hematológicas e, mesmo assim, a empresa continua agindo de formanegligente e até mesmo negando a existência de petroleiros contaminados.Torna-se cada vez mais urgente que a categoria se conscientize sobre os riscosda exposição ao agente toxicológico e se organize para cobrar da empresa ocumprimento do Acordo Nacional do Benzeno.
 
A FUP e seus sindicatos continuam mobilizados contra a tentativada Petrobrás em alterar o Acordo, alegando que existe tolerância à substância,mesmo quando a legislação diz o contrário. O conceito quantitativo que aempresa tanto quer impor não é seguro. Portanto, não há tempo a perder. Diantede qualquer alteração procure o GTB (Grupo de Trabalho do Benzeno) e denuncieao seu sindicato para que seus direitos sejam preservados e o caso sejaencaminhado e investigado pelo Centro de Referência do Trabalhador. Benzeno não é flor que se cheire.

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