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01 dezembro, 2011

Falso médico injetava cimento e cola em pacientes

Falso médico

Várias pessoas, entre elas transexuais, denunciaram um falso médico de Miami que fazia cirurgias estéticas, aplicando cimento e cola em glúteos, lábios e bochechas, informou  a polícia do condado de Miami Gardens, na Flórida, sudeste dos Estados Unidos.
"Várias vítimas (do auto-denominado médico) Oneal Ron Morris, muitas delas transexuais, continuam telefonando, embora por enquanto sejam dois os casos confirmados", disse à AFP William Bamford, portavoz del Departamento de Polícia de Miami Gardens.
Bamford informou que o suposto médico - um transexual - e seu ajudante, Corey Alexander Eubank, estão em liberdade após pagar fiança de mais de R$ 8.300 após terem sido detidos na semana passada.
Oneal Ron Morris praticava cirurgias clandestinas em quartos de hotel e casas no sul da Flórida em pacientes que queriam aumentar os glúteos, as bochechas e os lábios. Para isso, injetava materiais industriais, como cimento, cola e coquetéis de substâncias tóxicas, que puseram em risco a vida de várias das vítimas.
O próprio Morris, que segundo a imprensa local estava em processo de mudança de sexo, tentou melhorar a aparência com estes produtos que deformaram seus quadris e glúteos, tal como mostrou foto divulgada pela polícia após sua detenção.
A polícia de Miami Gardens deteve Morris e continua investigando este caso a partir da denúncia de uma mulher que foi hospitalizada no ano passado com pneumonia e uma infecção bateriana depois que o falso cirurgião plástico injetou um selador de pneus de carro nas nádegas.
Por enquanto Oneal Ron Morris, de 30 anos, é acusado de exercício ilegal da medicina e lesão corporal grave.
Rajee Narinesingh foi um dos transexuais vítimas de Morris: o procedimento cosmético com o qual quis aumentar os lábios, levantar as bochechas e preencher o queixo está custando agora um trabalho de reconstrução com outro cirurgião plástico.
"Tive que acabar fazendo uma cirurgia", disse Narinesingh ao canal local CBS4 na noite de segunda-feira, quando informou que ainda não apresentou denúncia à polícia, mas anunciou que o fará em breve.
"Nós continuamos investigando, tentando confirmar que os casos que estão chegando até nós estão relacionados com este suposto doutor", disse o porta-voz da polícia.

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