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01 dezembro, 2011

Cruzeiro usa Marcos e mala milionária para incentivar Bahia

Renovação do lateral, que pertence ao time mineiro, estaria condicionada a um triunfo do EsquadrãoO Cruzeiro pode pagar uma mala milionária ao Bahia se o Esquadrão vencer o Ceará, domingo, em Pituaçu.
Ameaçado de ser rebaixado para a Série B, e tendo que ganhar do rival Atlético Mineiro na última rodada para escapar da degola, a direção da Raposa estaria disposta a desembolsar até R$ 2 milhões para os jogadores do tricolor baiano como forma de incentivo.
O Bahia já não corre nenhum risco de queda, restando apenas a briga por uma vaga na Sul-Americana como pretensão neste Brasileiro. A informação do suposto pagamento da mala circula fortemente nos bastidores do futebol e na imprensa mineira.
O ESPORTE CLUBE entrou em contato com repórteres esportivos que acompanham o dia a dia do Cruzeiro, levantando os números descritos.
Existe ainda a conversa de que o lateral direito Marcos, que pertence ao time celeste e atualmente defende o Bahia – com possibilidade de renovar para o ano que vem –, seria um dos alvos da barganha entre os clubes.
Caso os tricolores vençam o Ceará, ajudando desta forma na permanência da Raposa na elite, o jogador permaneceria no Esquadrão para 2012. A opção contrária, neste mesmo cenário, seria a saída do jogador do clube baiano.
Procurado pela reportagem, Marcos não quis conceder entrevista. Alegou que não falaria fora do horário dos treinos. O diretor de futebol do Bahia, Paulo Angioni, também não quis falar com a reportagem. Segundo ele, para “não polemizar ainda mais este assunto”.
Por meio da assessoria do Bahia, via e-mail, Angioni comentou a ‘condicionante’ na renovação de Marcos: “o Bahia quer vencer o jogo contra o Ceará por desejar a Sul-Americana. Estamos priorizando a permanência do técnico Joel Santana e depois partiremos para renovações. Nenhuma renovação de empréstimo foi tratada com clube algum, inclusive com o Cruzeiro. Os interesses do Bahia estão acima de qualquer objetivo de outra agremiação", resumiu.
“Era uma brincadeira” - Apesar das informações acerca da mala branca serem prontamente rebatidas na cúpula cruzeirense – o diretor de futebol do clube mineiro, Dimas Fonseca, foi enfático em dizer à reportagem que “o Cruzeiro não faz esse tipo de ação, que é criminosa” –, as especulações ganharam força após o lateral Carleto afirmar que os jogadores do já rebaixado América Mineiro (seu clube) receberam dinheiro da Raposa para vencer o Atlético-PR, na penúltima rodada.
O clube paranaense, junto com o Ceará, é um dos rivais do Cruzeiro na luta contra a degola. Na ocasião, o presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, negou o fato, inclusive pondo em xeque as capacidades mentais do jogador. “Isso não é verdade. Esse cara (Carleto) é maluco. Se alguém ofereceu, não foi em nome do Cruzeiro”.
A reportagem apurou que os valores da mala branca mandada pelo Cruzeiro para o ‘irmão’ América teriam sido de, inicialmente, R$ 400 mil. A comissão técnica teria pedido uma parte e o montante foi aumentado  para R$ 500 mil. É especulado que o jogador Fábio Júnior, cria do Cruzeiro, tenha intermediado a negociação nos vestiários do Coelho. Como agora a rodada é decisiva, os valores para o Bahia seriam maiores.
Procurado pela reportagem, Alexandre Matos, diretor de futebol do América-MG, também negou qualquer negociata entre os clubes de Belo Horizonte. Sobre a declaração de Carleto, rebateu: “O jogador estava brincando. Ele pediu desculpas para todos nós e o assunto foi encerrado. O que garanto é que no América ninguém recebeu mala alguma”, disse.

Resposta cearense - O presidente do Ceará, Evandro Leitão, comentou as suspeitas de mala branca envolvendo Cruzeiro e Bahia. “Não nos preocupamos, pois só trabalho em cima de fatos. Além do mais, não me preocupo com nenhum clube que não seja o meu. Vamos buscar a permanência no campo”, finalizou o dirigente.

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