Após queixas sobre trânsito, Aleluia fala de proibições e choque cultural

A tentativa da prefeitura de estimular a carona entre os soteropolitanos tem dado o que falar. Na manhã desta quinta-feira (22), em entrevista à rádio TUDO FM, no Programa Acorda Pra Vida , o secretário municipal dos Transportes, José Carlos Aleluia, afirmou que na quarta (21) a maioria das pessoas rejeitou a faixa exclusiva para motoristas com mais de uma pessoa no carro, mas garantiu que hoje, o fluxo estava fluindo bem melhor. 

No entanto, no decorrer do programa, o secretário se apressou em dizer que a operação terminou mais cedo por conta de uma retenção. O objetivo da Faixa Solidária, que iniciou ontem, é reduzir o número de veículos na cidade e desafogar o trânsito na região entre o Sesc Piatã até a Boca do Rio. Quem passar por ela sem carona poderá pagar multa que varia de R$ 85 a 127. “Nós não vamos desistir. Eu passei lá mais cedo e vi o trânsito fluindo bem melhor porque as pessoas estão se habituando. A dificuldade de hoje foi bem menor que a de ontem”, garantiu. 
 

Diante da resistência do governo municipal em estimular a carona solidária, muita gente se pergunta: e a violência? Ao ser questionado sobre isso, Aleluia explicou que não há obrigação de dar carona, muito menos que esta pessoa seja um desconhecido. E explicou: “Quando eu falo de transporte solidário não é pegar uma pessoa no meio da rua. Mas, se você tem um filho que estuda em Patamares, certamente tem colegas dele que também moram perto de você. Ao invés de saírem cinco carros com cinco crianças, sai um carro com as cinco e os outros pais descansam os outros dias. É necessário entender que esse é o momento do mundo. Os outros países estão fazendo isso. Isso se chama choque cultural”, afirmou.

Faixa Solidária não será cancelada

 

Durante o programa Aleluia ainda passou por mais saias justas. Ouvintes reclamaram do trânsito caótico na Baixa do Fiscal e na Rua Chile, que teve o sentido invertido. Com relação a esta última, o secretário teimou em dizer que a via não engarrafa mais. “Eu vou lá todos os dias por causa da prefeitura. Eu moro na Garibaldi e levo 12 minutos para chegar lá”, contou, afirmando em seguida, que vai averiguar as sinalizações dos ouvintes sobre o engarrafamento na região. 
 

Outra declaração do secretário surpreendeu a quem acompanhava a entrevista. Uma pessoa reclamou que há condutores estacionando nos passeios da Av. Heitor Dias. Aleluia prometeu fazer uma operação no local e lembrou a orla da Barra, antes tomada por veículos. “Hoje quem vai à Barra pode ver o mar, pode circular tranquilamente. É o que chamamos de piso compartilhado. A cidade vai voltar a ser das pessoas, que precisam entender que não pode estacionar o carro na rua. O primeiro passo é dificultar o alvará dos estacionamentos, o segundo é proibir estacionar e o terceiro é proibir sair com o carro. Salvador precisa entrar nessa nova era, onde a cidade é das pessoas”, finalizou. 

 

Fonte: Bocão News

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