Integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) se reuniram na manhã desta terça-feira (23) no monumento construído em homenagem ao deputado Luís Eduardo Magalhães, na Avenida Paralela, em Salvador. Pouco depois das 10h, o grupo seguiu em caminhada para o Centro Administrativo da Bahia (CAB), ocupando as faixas e interrompendo o trânsito no sentido aeroporto. Por volta das 10h30, alguns manifestantes sentaram na pista, impedindo o fluxo de veículos nas proximidades do Estádio de Pituaçu.
Pouco antes das 11h, o grupo voltou a caminhar no sentido do CAB, liberando o tráfego na Avenida Paralela. A primeira parada dos manifestantes ocorreu em frente à sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), onde disseram que o protesto era contra a violência da polícia nas manifestações e na periferia de Salvador. O protesto continuou rumo à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
Os participantes foram recebidos pelo deputado Marcelo Nilo, que disse respeitar o movimento e, por isso, decidiu ir pessoalmente ao encontro do grupo, que se reuniu em frente ao prédio da Assembleia.
Nilo anunciou aos integrantes do Movimento Passe Livre que haverá uma audiência pública no dia 8 de agosto, na Assembleia, para tratar das reivindicações do movimento.
De acordo com o movimento, o percurso pelo Centro Administrativo da Bahia inclui ainda passagem pelo Tribunal de Justiça da Bahia, onde os manifestantes dizem que vão reclamar sobre a prisão de integrantes do movimento durante a Copa das Confederações; e pela Governadoria, onde pedirão ao governo resposta às reivindicações.
Durante o ato que antecedeu a caminhada, os cerca de 50 manifestantes cobriram o monumento ao deputado Luís Eduardo Magalhães com um cartaz que faz referência ao guerrilheiro Carlos Marighella.
"É um ato simbólico do ponto de vista político. Marighella tem muito mais motivos políticos e históricos do que Luís Eduardo Magalhães para estar aqui. Ele foi um grande lutador pelas liberdades de nosso país, queremos que a população e o governo reconheçam isso", afirma Valter Takemoto, integrante do movimento.
Ocupação da Câmara
Os participantes do Movimento Passe Livre Salvador (MPL) que ocuparam a Câmara Municipal na tarde de segunda-feira (22) passaram a noite no local. Na manhã desta terça foi possível encontrar os jovens acampados em barracas.
Os participantes do Movimento Passe Livre Salvador (MPL) que ocuparam a Câmara Municipal na tarde de segunda-feira (22) passaram a noite no local. Na manhã desta terça foi possível encontrar os jovens acampados em barracas.
Na porta da Câmara, uma sinalização feita à mão pelos manifestantes indicava a ocupação pacífica. Do lado de fora, uma guarnição da polícia acompanhava a movimentação no local.
A Câmara Municipal de Salvador marcou uma reunião para esta terça-feira, às 14h, com os manifestantes do Movimento Passe Livre da capital baiana, para mostrar a pauta de votação da sessão do dia seguinte, sobre projetos de mobilidade urbana.
Após a ocupação na segunda-feira, os participantes do movimento pediram apoio à população por meio das redes sociais. "Saia da sua casa agora para fazer vigília e impedir qualquer tipo de agressão policial. Vamos fazer uma virada cultural, com poesias, música, dança, etc", afirma a postagem.
Alguns dos manifestantes se acorrentaram na Câmara. "A redução da tarifa para R$ 2,50 e o passe livre para estudante são nossas prioridades. Ficaremos aqui por tempo indeterminado se as nossas reivindicações não forem atendidas", informou o educador social Jair Ferreira, um dos integrantes do movimento.
Reivindicações
Entre as principais reivindicações do movimento estão a redução imediata da tarifa de ônibus, ampliação da frota de veículos, ativação e ampliação do metrô de Salvador, extinção da tarifa para os trens do subúrbio, além da construção de novas estações. Confira a lista completa de reivindicações aqui.
Entre as principais reivindicações do movimento estão a redução imediata da tarifa de ônibus, ampliação da frota de veículos, ativação e ampliação do metrô de Salvador, extinção da tarifa para os trens do subúrbio, além da construção de novas estações. Confira a lista completa de reivindicações aqui.
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