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24 julho, 2013

Dilma diz que protestos refletem realizações do governo

 
Dilma em Salvador (Foto: Imagens / G1)
Dilma em Salvador (Foto: Imagens / G1)
 
A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmaram nesta quarta-feira (24) que as reivindicações que levam os jovens às ruas do país desde junho são consequências das reformas sociais implantadas nos últimos10 anos pelo governo.
Eles discursaram no seminário "Participação popular e movimentos sociais", um dos eventos que marcam os 10 anos do PT no poder, que desta vez ocorreu em um hotel no bairro de Ondina, em Salvador.

"Percebo a tentativa de alguns de interpretar a voz das ruas como interpretação que o país não avançou, que nada foi feito, que muito está a ser feito, como se o dia de hoje fosse uma espécie de marco zero das mudanças. Nós devemos rejeitar essa tese. As mudanças não estão sendo inauguradas hoje, elas têm um longo processo de mais de 10 anos", disse a presidente.
Durante cerca de 40 minutos, a presidente fez uma retrospectiva dos projetos do seu governo e disse que os cinco pactos propostos após a onda de protestos pelo país devem ser encarados com "urgência". Ao falar sobre o programa Mais Médicos, a presidente voltou a afirmar que a prioridade é para os médicos brasileiros, e que a medida servirá para atender às localidades que não possuem profissionais de saúde. "Hoje, 700 municipios brasileiros não têm nenhum médico, e 1900 têm menos de um médico por três mil habitantes", disse.
Sobre o assunto, ela acrescentou o desejo do governo federal de valorizar a atividade médica. "Vamos valorizar os médicos, eles terão sempre prioridades para ocupar as vagas do SUS. Só quando não houver médico para ir, é que nós vamos contratar tanto brasileiros formados no exterior, quanto médicos estrangeiros", pontuou. Segundo ela, também estão no cronograma do governo investimentos em infraestrutura e na formação dos profissionais no país.
Dilma comentou sobre o pedido de plebiscito da reforma política. Ela lembrou que o governo do ex-presidente Lula tentou votar a reforma por duas vezes, sem êxito, justificando a ideia de um plebiscito. "Nós queremos que o povo balize qual reforma que iremos fazer, que tipo de reforma. Nós sabemos que o sistema politico precisa ser transformado", disse.
Sobre a mobilidade urbana, a presidente falou da necessidade de se refazer a planilha de custos do transporte de massa do país. "A planilha de cálculo do transporte de massa data de 20 anos atrás, foi analisada em 1993. Nós estamos propondo uma discusão que atualize esse cálculo, que reflita custos reais", disse. Ao finalizar, a presidente refletiu sobre o processo democrático. "A democracia gera desejo de mais democracia. Inclusão social provoca cobrança de mais inclusão. Para nós, isso é muito importante, que nós tenhamos a certeza disso", opinou Dilma.
Lula
O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva antecedeu a fala da presidente. Em cerca de 50 minutos, ele fez uma retrospectiva da sua história na política. "Nós temos o direito de reivindicar tudo que falta, mas temos o dever de dizer tudo que já conquistamos", pontuou.
Em tom de brincadeira, Lula disse que sabia que presidente Obama, dos EUA, estaria gravando o seu discurso, em referência às supostas escutas feitas pelo governo norte-americano. "A gente tinha complexo de vira-lata, a gente se achava inferior a tudo que vinha dos Estados Unidos, e eu to falando aqui sabendo que o Obama está gravando. Os americanos viraram uma nação xereta demais, se metendo na vida dos outros", brincou, ao falar que, segundo ele, um dos trunfos dos 10 anos de governo do PT foi ter "conquistado o direito do Brasil andar de cabeça erguida no mundo". O ex-presidente também falou das relações com os países da américa latina, classificadas como "parcerias".
Sobre os protestos pelo país, ele disse que "brigar por mais não significa que nada foi feito no país", e que o cidadão deve "querer e pedir mais, sempre".

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