Foram os
passageiros que puxaram Viviane para dentro do vagão e acionaram o botão de
emergência para que o condutor parasse o trem – o que foi feito na
estação seguinte, Cinelândia. Só então um segurança
do Metrô a atendeu e, após colocá-la sentada em uma cadeira de rodas, a conduziu
para uma sala de repouso através da escada rolante, meio
totalmente inadequado para o transporte em cadeira de rodas.
Segundo a
assessoria do Metrô Rio, “nossos agentes de segurança possuem formação em
primeiros socorros e são habilitados a prestar atendimento básico”,
mas Viviane não pôde ter esse atendimento na estação
porque não havia agente feminina e segundo o segurança “só uma mulher poderia
ver o hematoma na região da coxa,” denuncia Viviane.
Ela foi então
conduzida, em carro da concessionária, para o Hospital Casa de Portugal, no Rio
Comprido onde recebeu os primeiros socorros e foi medicada.
“Utilizar os transportes públicos no Rio de Janeiro é sempre uma
tarefa muito difícil. No caso do metrô, além da falta de preparo dos
funcionários e das estações sem elevadores, o vão e o desnível entre o trem e a
plataforma é enorme, inadequado para o acesso das pessoas com dificuldades de
locomoção”, protesta Viviane.
“A falta de acessibilidade e a desatenção com
que são tratadas as necessidades básicas das pessoas com deficiência nos
transportes públicos é um absurdo no Rio de Janeiro. O acidente
com a Vivi é uma amostra das barreiras por elas enfrentadas cotidianamente, em
especial nos horários de pico” declara Teresa Amaral, superintendente do
IBDD.
Instituto Brasileiro dos
Direitos da Pessoa com Deficiência
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