EM DESTAQUE

07 dezembro, 2012

Acidente no metrô do Rio


Foram os passageiros que puxaram Viviane para dentro do vagão e acionaram o botão de emergência para que o condutor parasse o trem – o que foi feito na estação seguinte, Cinelândia. Só então um segurança do Metrô a atendeu e, após colocá-la sentada em uma cadeira de rodas, a conduziu para uma sala de repouso através da escada rolante, meio totalmente inadequado para o transporte em cadeira de rodas.

Segundo a assessoria do Metrô Rio, “nossos agentes de segurança possuem formação em primeiros socorros e são habilitados a prestar atendimento básico”, mas Viviane não pôde ter esse atendimento na estação porque não havia agente feminina e segundo o segurança “só uma mulher poderia ver o hematoma na região da coxa,” denuncia Viviane.

Ela foi então conduzida, em carro da concessionária, para o Hospital Casa de Portugal, no Rio Comprido onde recebeu os primeiros socorros e foi medicada. “Utilizar os transportes públicos no Rio de Janeiro é sempre uma tarefa muito difícil. No caso do metrô, além da falta de preparo dos funcionários e das estações sem elevadores, o vão e o desnível entre o trem e a plataforma é enorme, inadequado para o acesso das pessoas com dificuldades de locomoção”, protesta Viviane.

“A falta de acessibilidade e a desatenção com que são tratadas as necessidades básicas das pessoas com deficiência nos transportes públicos é um absurdo no Rio de Janeiro. O acidente com a Vivi é uma amostra das barreiras por elas enfrentadas cotidianamente, em especial nos horários de pico” declara Teresa Amaral, superintendente do IBDD.
Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência

0 comentários:

Postar um comentário

Parceiros

Share

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More