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02 abril, 2012

“Estamira - Beira do Mundo”, espetáculo teatral de grande sucesso no Rio de Janeiro, se apresenta gratuitamente em Salvador nos dias 6, 7 e 8 de Abril



foto: Barbara Copque | divulgação


Grande sucesso de público e crítica em 2011 nos palcos cariocas, chega a Salvador o espetáculo “Estamira – Beira do Mundo”, monólogo com Dani Barros, dirigido por Beatriz Sayad, que será apresentado no palco do Teatro Martim Gonçalves, nos dias 6 e 7, às 20h e 8 de abril, às 19h, em sessões gratuitas.

A montagem figura, conforme seleção do Jornal O Globo, como um dos 10 melhores espetáculos que estiveram em cartaz no Rio de Janeiro em 2011. Consta ainda dentre as três melhores peças em cartaz na seleção da revista Veja! Rio, e entre os melhores espetáculos do país, de acordo com a revista Bravo!.

Além de ganhar o Prêmio Shell 2011, Prêmio Questão de Crítica e Prêmio APTR na categoria Melhor Atriz, o espetáculo recebeu indicações ao prêmio Qualidade Brasil (Melhor Atriz Drama), ao Prêmio Questão de Crítica (Melhor Espetáculo) e ao Prêmio APTR (Melhor Espetáculo, Melhor Autor e Melhor Produção).

Adaptado do cinema para o teatro, o texto de “Estamira - Beira do Mundo“ foi escrito pela atriz Dani Barros e pela diretora Beatriz Sayad, inspirado no premiado documentário “Estamira“, de Marcos Prado. O enredo aborda a história real de uma mulher catadora de lixo, com distúrbios mentais, que viveu no aterro sanitário Jardim Gramacho (RJ) e foi descoberta pelo diretor do filme, tornando-se personagem central do longa-metragem.

Retrato de uma doente mental crônica, com uma percepção do mundo surpreendente e devastadora, esta peça não é somente uma transposição do documentário, mas também um depoimento pessoal e artístico da atriz Dani Barros, que reconheceu na história da mulher retratada no filme, parte de sua experiência pessoal.

O pano de fundo da história é o lixão, porta pela qual adentramos o universo de Estamira. Lá são encontradas cartas, memórias e histórias que não conseguimos jogar fora.

Desde pequena sempre tive uma forte atração pelo lixo. Meu apelido de infância era Maria Caquinho. Sempre que eu ia à praia ficava catando saquinho, plastiquinho, copinho, achava que as coisas iam sentir frio à noite. Me sentia a Mulher Maravilha, salvando todos aqueles caquinhos. E assim eu cresci: catando, juntando. Não jogo nada fora, acho que tudo um dia vai servir para alguma coisa: cacarecos, histórias, fotos, lembranças... Achei no teatro um lugar para depositar meus guardados”, afirma Dani Barros.

Com uma linguagem que passa do grotesco ao sublime, do drama à comédia, o espetáculo é palco para a tensão entre a loucura e normalidade, realidade e ficção, assim como é personagem-título.

Segundo a diretora Beatriz Sayad, “há histórias que de tão lindas merecem ser contadas, de tão fantásticas se tornam teatrais. Histórias que são duras demais para serem lembradas, caras demais para serem esquecidas. E que encontram no teatro uma morada”.



Sinopse: Uma catadora de lixo, doente mental crônica, com uma percepção do mundo surpreendente e devastadora. A peça não é somente uma transposição do documentário sobre Estamira, mas também um depoimento pessoal e artístico de Dani Barros, que reconheceu na história da personagem da vida real, retratada no filme de Marcos Prado, parte de sua experiência pessoal. O pano de fundo da história é o lixão, porta pela qual adentramos o universo de Estamira. Lá são encontradas cartas, memórias, histórias que não conseguimos jogar fora.


Sobre Dani Barros, atriz.
Atriz formada na Uni-Rio, trabalhou no projeto “Doutores da Alegria” por 13 anos. Atuou recentemente na peça “Maria do Caritó” e “Conchambranças de Quaderna”, ganhando o prêmio APTR de Teatro de Melhor Atriz Coadjuvante com estes trabalhos. Atuou no programa “Minha Nada Mole Vida” e no filme “O Veneno da Madrugada” dirigido por Ruy Guerra. Trabalhou com diretores de teatro como Antônio Abujamra, João Fonseca, Moacir Chaves, Gilberto Gawronski, Inez Viana e Terry O’Reilly (Mabou Mines-NY). Atualmente, além do espetáculo, está no ar na novela “Fina Estampa”, interpretando Lourdes.


Sobre Beatriz Sayad, diretora
Desde 1991 trabalha com a companhia de teatro-clown suíça Teatro Sunil, atual Cia Finzi Pasca. Com a companhia, vem atuando nos espetáculos: “1337 – Déjeuner sur L’herbe”, que percorreu cidades do Brasil e da Europa, além de “Donka – une lettre a Tchekhov”, que passou por várias cidades da Rússia, América Latina, Canadá e Europa e está atualmente em turnê mundial. Formada em letras pela PUC, cursou a escola Jaques Lecoq, na França, em 1997 e 1998. Trabalhou no projeto “Doutores da Alegria” por 10 anos, atuando como atriz e também como Coordenadora Artística em 2009/10.


Críticas de destaque:

Uma Mulher e Uma peça Excepcionais”
(...) o público sente que, por sorte, ele estava ali diante de Estamira na hora em que ela resolve expressar seus sentimentos sobre sua vida e o que esta lhe permitiu observar sobre o mundo em geral; e tal sensação é a medida da qualidade da atuação de Dani Barros. A junção de texto e atriz faz de ‘Estamira’ um espetáculo excepcional.”
Jornal O Globo – Barbara Heliodora

"(...) A proposta, singela, alcança pleno sucesso, é emocionante, tão delicada quanto a vida: celebra com lucidez e um rendilhado sublime de emoções a grandeza da existência (...) Uma intérprete sensacional, capaz de se transmudar inteira em sentimentos, percepções, emoções: Estamira está diante de nós. A coragem da cena é impressionante, o cálculo do trabalho é ousado – pretende indicar um teatro novo, para um novo tempo, tempo de dialogar com as sensibilidades e sugerir a transformação das pessoas, com a esperança de que a poesia traga delicadeza, a melhor arma contra a violência do mundo(...) A coragem da atriz em cena é impressionante."
Tania Brandão

(...) Dani Barros ratifica, mais uma vez, sua condição de melhor atriz de sua geração. Exibindo presença, carisma, impecável trabalho vocal e corporal e, mais do que tudo, impressionante capacidade de entrega, a atriz promove, como dito no parágrafo inicial, um encontro que o público jamais esquecerá.”
Lionel Fisher

(...) Restos e descuidos que são jogados fora, sem se perceber que muitos ainda têm serventia e merecem atenção, são recolhidos na dramturgia de Beatriz Sayad e Dani Barros com a delicadeza e o cuidado que faltaram às vidas de quem se fala”.
Macksen Luiz

(...) no monólogo, Dani Barros passa de coadjuvante a talentosa protagonista”
Carlos Henrique Braz – Veja Rio Recomenda


SERVIÇO:
Estamira - Beira do Mundo (espetáculo teatral)
Quando: dias 6, 7 e 8 de abril
Horário: sexta e sábado, 20h; domingo, 19h
Local: Teatro Martim Gonçalves [Rua Araújo Pinho 292- Canela (Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia), Salvador-BA | Tel de contato: 3283–7850]
Duração: 60 minutos
Classificação Indicativa: 14 anos
Ingresso: Entrada Franca (a distribuição de ingressos começa 1h antes de cada apresentação)

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